No sábado (25), o advogado de Regina Duarte se posicionou sobre as alegações da dívida que a atriz tem com o governo devido a lei Rouanet, segundo Luiz Henrique Lanas Soares Cabral, a pendência não impede que Regina assuma o cargo na secretaria especial da Cultura, disse ele ao jornal Folha de São Paulo.

Através da sua empresa chamada "A Vida é Sonho Produções Artísticas", Regina apresentou um peça chamada "Coração Bazar" que captou com base na lei de incentivo a projetos culturais, financiamentos no valor de R$ 321 mil e terá que restituir R$ 319,6 mil ao Fundo Nacional da Cultura, pois a prestação de contas do projeto foi reprovada, pelo Ministério da Cultura.

A entidade está recorrendo.

Regina Duarte foi convidada para assumir cargo, na Secretaria Especial da Cultura do governo de Jair Bolsonaro, após mais de 54 anos de carreira na tv e no teatro. Após dizer que não sentia-se preparada para o cargo, Regina aceitou a função por um período, como teste. Enquanto isso, a atriz ficará suspensa da emissora Globo, onde a mesma, possui contrato.

O convite foi feito após a demissão de Roberto Alvim na sexta feira (17). O dramaturgo, foi demitido por parafrasear discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler.

Regina ainda nem foi nomeada, mas já esta dando oque falar com suas declarações às mídias e suas decisões politicas controversas.

Declarações polêmicas

Regina já havia dado uma entrevista ao Estadão, citando o Presidente dizendo que após conhece-lo percebeu que era "um cara doce, um homem dos anos 1950, como meu pai", e disse mais, "faz brincadeiras homofóbicas, um jeito masculino… que chama brasileiro de preguiçoso e dizia que lugar de negro é na cozinha; sem maldade.”

Decisões políticas

Como sua primeira ação no cargo, a atriz escolheu para compor sua pasta a reverenda Jane Silva nesta quinta feira (23), para atuar como secretaria adjunta da cultura, o que foi confirmado pela secretaria especial da cultura.

O que muitos artistas, dos quais Regina é colega de profissão, não viram com bons olhos. Depois de seguidas sanções a cultura, como redução do limite de captação de recursos pela Lei Rouanet reduzido de R$ 60 milhões para R$ 1 milhão por projeto, alguns esperavam que Regina fosse visar o apoio da sua classe artística, o que não parece ser o caso.

Mais recentemente, adotando o estilo “conservador” do Presidente Jair Bolsonaro, a futura secretaria especial da Cultura apresentou sua primeira proposta. Regina propôs criar um evento para família ao lado de cada baile funk do país. Segundo o colunista Lauro Jardim, do O Globo, ao apresentar sua proposta Regina recebeu apenas uma orientação do Presidente: Não liberar verbas para projetos ligados à agenda de esquerda, com foco nos relacionados à temática LGBT.