Uma família de brasileiros, que vive em Toulon, na França, foi atacada a tiros por um vizinho [VIDEO], que foi preso em sua casa logo depois do crime. O caso aconteceu na última quinta-feira (13), mas foi divulgado apenas nesta segunda-feira (17), e o Itamaraty emitiu uma nota onde diz acompanhar o caso de perto.

A jornalista Cristiane Alves, de 35 anos, andava pela rua, próximo ao apartamento onde mora, quando levou um tiro nas costas. Sem notar que havia acabado de ser alvejada, a mulher retornou para casa e foi seguida pelo atirador.

Ele entrou no apartamento e baleou o marido de Cristiane, André Modenezi, de 39 anos, que foi atingido no abdômen.

No imóvel também se encontrava o filho do casal, de 4 anos de idade, que não foi ferido. O homem acusado de fazer os disparos foi preso no mesmo dia, em sua casa.

A mulher se recupera bem do atentado enquanto que o marido segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Seu estado de saúde é considerado estável, ele está em coma induzido e nesta segunda-feira (17) passaria por uma terceira cirurgia.

Brasileira faz mestrado na França

Cristiane no setor de comunicação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e em setembro do ano passado ela e a família trocaram a cidade de Vitória da Conquista, na Bahia, pela francesa Toulon para fazer mestrado. A mulher disse que a escolha pela cidade foi por considera-la tranquila.

Falando ao portal G1, a jornalista detalhou como o ataque aconteceu. Ela disse que estava saindo de sua casa para ir até uma universidade e que ao receber o tiro nas costas achou que havia sofrido uma descarga elétrica, uma vez que ela notou um clarão. “Mas eu senti como se tivesse um estado de choque no corpo”, disse.

Ela voltou ao apartamento e relatou ao marido que achava que havia sofrido uma descarga elétrica.

Como vestia uma blusa grossa, o sangue foi percebido apenas pelo marido quando ela se sentou no sofá. A porta foi deixada aberta e pouco tempo depois apareceu o atirador, que encontrou com André na porta e atirou nele, foi então que ela entendeu que se trava de um ataque.

De início Cristiane pensou se tratar de um ato praticado por um terrorista, mas posteriormente percebe que o atirador era um vizinho seu, que morava no andar de cima.

De acordo com a Polícia, o homem sofre de transtornos psiquiátricos.

Com medo, ela fez uma barreira na porta do apartamento e tal atitude se mostrou acertada uma vez que o homem retornou e efetuou um terceiro disparo após não conseguir entrar. A policia chegou no prédio antes dele dar o terceiro tiro.

Cristiane disse que o atirador morava a pouco tempo no prédio e acredita que ele já vinha observando sua família. Ela conta que quando a polícia entrou no apartamento dele, ele estava sentando tomando café e na mesa havia a arma do crime e outros objetos como facas, canivetes e uma espingarda.

Ela disse ainda que pelo tipo de arma que ele usou, era preciso estar sempre recarregando e quando ele deixou o apartamento após alvejar o marido, havia ido até sua casa para recarregar.

“Acredito que aquele terceiro tiro que ele deu na porta seria destinado para meu filho”, disse.

Itamaraty acompanha de perto o caso

O Itamaraty divulgou uma nota onde informa que está ciente do caso e acompanha o caso junto com as autoridades da França. O órgão informou ainda que em respeito à legislação vigente sobre privacidade individual, não pode dar mais detalhes sobre o caso.