O Rio de Janeiro é um dos estados mais atingidos pela pandemia do coronavírus, com perto de 4 mil casos e 317 mortes confirmadas pelo Covid-19. Para tentar deter a disseminação do vírus, o prefeito Marcelo Crivella anunciou que fará um decreto obrigando as pessoas a usarem máscaras ao saírem às ruas.
Decreto de Crivella
Segundo o Extra, um decreto deve ser publicado nesta sexta-feira (17) para proibir que pessoas saiam às ruas sem usarem máscaras protetoras. "A partir de agora, todos os funcionários e servidores da prefeitura serão obrigados a usar máscaras.
Desde o secretário até o gari", disse Crivella.
"Nesses próximos 10 dias não poderemos ter o risco de termos uma contaminação em massa aqui no Rio. Todos os funcionários municipais devem usar máscaras", continuou o prefeito do Rio.
A restrição também faz com que o prefeito carioca peça que as pessoas evitem aglomerações durante o período como fator para evitar a contaminação pelo coronavírus e complicar ainda mais a situação do sistema de saúde municipal.
"Peço pelo amor de Deus para que não se exponham, que evitem aglomerações. Estamos perto de chegar num momento crítico e qualquer sacrifício que a gente fizer vai valer a pena", comentou.
Crivella compara situação do Rio a um 'dilúvio'
A situação dos hospitais do Rio de Janeiro é considerada por Crivella perto do ponto máximo.
Segundo o prefeito, 90% dos leitos hospitalares do CTI estão ocupados. O prefeito deve contratar leitos de hospitais particulares para resolver parte de tal situação.
No entanto, o prefeito do Rio de Janeiro voltou a fazer alerta sobre a situação da pandemia na cidade. Com comparação religiosa em relação ao Dilúvio, Marcelo Crivella afirmou que quer evitar que o pico de contaminação na cidade chegue logo.
"Para fazer aqui uma comparação: estamos construindo a nossa arca. Não é possível que, por imprudência nossa, a gente adiante o 'dilúvio'. Esse 'dilúvio' é o ponto máximo de contaminação", declarou.
Além disso, o prefeito afirmou que já pediu a chegada de respiradores artificiais, mas estes devem vir apenas no fim do mês. Além da construção de hospitais de campanha para cuidar dos doentes e evitar o aumento da sobrecarga do sistema de saúde municipal.
Crivella volta a defender isolamento social
O prefeito carioca manteve a defesa de isolamento social para evitar a disseminação do coronavírus na cidade. Crivella bradou para que os números considerados ideais (70% de circulação restrita nas ruas) sejam obedecidos pela população carioca.
"É unânime isso. A gente precisa manter esse afastamento, esse isolamento. Pediram para que a gente estude medidas a serem implantadas e que esses números não diminuam", declarou.