Suzane von Richthofen é um dos personagens centrais de um dos crimes mais hediondos ocorridos no Brasil. No ano de 2002, a então estudante de Direito da PUC-SP abriu porta da casa de sua família no bairro do Brooklin, em São Paulo, e permitiu que seu então namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian Cravinhos, invadissem o local e assassinassem friamente seus próprios pais.
Manfred e Marísia von Richthofen estariam dormindo no momento do crime. O casal não aceitaria o namoro entre a filha e Cravinhos. Suzane foi considerada pela justiça mentora do crime e, então, condenada a 39 anos de prisão.
De acordo com o portal UOL, 18 anos após sua prisão, Richthofen estaria pleiteando o regime aberto perante a justiça. O pedido teria sido feito no último dia 28 de maio, e deverá ser analisado pela 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté nas próximas semanas. A filha de Manfred e Marísia se encontra em regime semi-aberto desde o ano de 2005. Neste regime, o apenado possui o direito de trabalhar e estudar durante o dia, regressando à unidade prisional no período da noite.
Suzane pediu segredo em solicitação
Ainda de acordo com o UOL, Suzane von Richthofen, estaria na unidade prisional de Tremembé desde o ano de 2017. A apenada realizou a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), e obteve aprovação.
Suzane aguarda que a justiça autorize que ela frequente o curso de Gestão em Turismo. No regime-semiaberto, o apenado possui o direito de deixar a prisão em alguns feriados e datas comemorativas. Suzane já usufruiu do benefício por quase vinte vezes, o que gera alguma repercussão nas redes sociais, sobretudo quando a apenada deixa a prisão no Dia dos Pais.
Suzane von Richthofen mantém uma união estável com Rogério Olberg desde o ano de 2017. Ao solicitar o pedido de regime semiaberto, Suzane afirmou que pretendia morar ao lado do companheiro num sítio na cidade de Angatuba, em São Paulo. Além disso, a mentora do assassinato dos próprios pais pediu que sua solicitação corresse em segredo de justiça a fim de frear o assédio da mídia devido à repercussão do caso.
A justiça ainda não se posicionou acerca desse pedido. O promotor Paulo José de Palma afirmou que Suzane não possuía condições de provar que pode usufruir de um regime mais brando e ressaltou temer que a apenada possa causar algum tipo de risco à sociedade novamente.
O caso
Suzane von Richthofen foi uma jovem de 18 anos e classe média alta, que planejou e facilitou o assassinato dos próprios pais. Manfred e Marísia von Richthofen não permitiriam o namoro da filha com Daniel Cravinhos, a quem viam como uma pessoa de personalidade tóxica que aceitava presentes e empréstimos de Suzane. De acordo com a Polícia, com a ajuda do irmão Cristian Cravinhos, Daniel golpeou o casal de sogros com barras de ferro na cabeça enquanto dormiam. O crime ficou conhecido pela crueldade e pela frieza de Suzane, que teria ouvido o ataque de um cômodo ao lado.