A pandemia da Covid-19 já dura longos meses, obrigando as pessoas a adotarem novos estilos de vida para se adaptar às restrições impostas pelo confinamento, necessário para a conter a disseminação do vírus e, consequentemente, o número de mortes e internamentos. Entretanto, por mais óbvio que pareça, algumas pessoas insistem em burlar as normas de segurança, que determina reclusão e, caso isso não seja possível, o uso de máscaras e distanciamento social.
No estado de São Paulo, os números obrigaram o governo a decretar alerta máximo durante as festividades de fim de ano, colocando o Estado na fase mais restritiva do Plano São Paulo, no qual apenas os serviços essenciais ficam autorizados.
Estado de SP em alerta
Enquanto alguns celebram, outros lamentam a morte de seus entes queridos, numa pandemia que já matou mais de 185 mil pessoas no país.
Com altos índices de ocupação de leitos e de contaminados pelo novo coronavírus, nesta terça-feira (22), o estado de São Paulo acirrou as restrições entre os períodos do Natal e Ano Novo, com o objetivo de conter a disseminação do vírus.
As medidas determinam que apenas o funcionamento dos serviços essenciais, tais como padarias, farmácias e supermercados. Bares, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais ficam proibidos de funcionar durante esse período, que vai entre dias 25 a 27 de dezembro e 1° a 3 de janeiro.
Segundo informações divulgadas, a região de Presidente Prudente, cuja ocupação de leitos acusa 83% em média de ocupação, deverá se manter na Fase Vermelha até o dia 7 de janeiro, quando será a situação do estado será revista.
Segundo a secretária de Saúde do Estado, Patrícia Ellen, as restrições são necessárias para conter as aglomerações, inclusive no comércio, durante as festas típicas de final de ano. Para Ellen, as medidas são imprescindíveis para "diminuir a velocidade de transmissão do vírus e diminuir as perdas”.
Aglomeração em plena pandemia
No último domingo (20), o blogueiro Carlinhos Maia realizou um megaevento em Alagoas para celebrar o Natal.
A festa contou com a presença de outras celebridades, youtubers e influenciadores, como os ex-'BBB' Pyong Lee e Gabi Martins.
O evento contraria todas as recomendações de segurança, e cria um efeito cascata, pondo em risco a segurança dos seus convidados e de todos aqueles com quem estes mantiverem contato nos dias subsequentes, além do próprio influencer.
Por esta razão, Carlinhos Maia sofreu uma série de pesadas críticas, inclusive de outros influenciadores, como Rafa Brites, que conta com cerca de 2 milhões de seguidores em suas redes sociais.
Brites explica que chegou a cancelar uma viagem para o Réveillon, onde se reuniria com 18 pessoas, temendo o aumento de casos do novo coronavírus e alertou para a necessária responsabilidade de um influenciador em casos desafiadores como o que enfrenta-se durante a pandemia, pedindo a todos que respeitem o distanciamento social e deixem para realizar aglomerações após a vacinação e o período de segurança.