José da Rocha Guaranho, o agente penitenciário que assassinou Marcelo Arruda, um guarda municipal, que estava comemorando aniversário na noite do último sábado (9) em Foz do Iguaçu, Paraná, está sob a custódia da Polícia em um hospital. Anteriormente, a polícia havia informado que Guaranho havia morrido depois de efetuar os disparos e ter sido baleado. De acordo com a delegada que está responsável pelas investigações, José da Rocha Guaranho foi autuado em flagrante, seu quadro é estável.
Bolsonaro
Marcelo Arruda, além de guarda municipal era militante do Partido dos Trabalhadores (PT).
Ele estava comemorando seus 50 anos e sua festa tinha como tema a legenda partidária e também fazia homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Guaranho, segundo o que foi relatado por várias testemunhas, Guaranho chegou ao local e gritou “aqui é Bolsonaro”. As informações estão no boletim de ocorrência que o jornal O Globo teve acesso.
No boletim de ocorrência, os policiais contam que chegaram ao local e viram as duas vítimas ao chão. As testemunhas, todas convidadas na festa de Marcelo, relataram aos policiais que José da Rocha Guaranho chegou à festa em seu carro e estava acompanhado da esposa e da filha, uma bebê de colo. O agente penitenciário desceu já segurando uma arma e gritou palavras de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Passados 20 minutos, o bolsonarista voltou, só que agora sozinho, e ainda com a arma na mão. Foi quando Marcelo Arruda e também sua esposa mostraram seus distintivos, Marcelo era guarda municipal e a esposa é policial civil e também mostraram que estavam armados. Não adiantou, Guaranho atirou duas vezes em Marcelo que conseguiu revidar o ataque, disparando contra o bolsonarista.
Os dois foram levados para o hospital, porém Marcelo não sobreviveu.
Diferentemente do que havia sido informado pela polícia, Jorge José não faleceu e encontra-se sob custódia no hospital, onde está estável, no boletim de ocorrência está registrado que os responsáveis pelo local onde o evento aconteceu se comprometeram a disponibilizar as imagens da festa.
Pamela Suellen Silva, a esposa de Marcelo, investigadora da Polícia Civil, contou para a coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, que José da Rocha Guaranho tinha como objetivo “matar as pessoas da festa”.
Pamela contou que a festa estava acabando quando o homem chegou em um carro, desceu o vidro e gritou palavras contra o PT, Lula e palavras de apoio a Bolsonaro. Foi quando Marcelo foi até o bolsonarista e pediu para que deixasse o local, e o apoiador do presidente da República sacou uma arma e apontou para o guarda municipal. A esposa de Guaranho, que também estava no carro com uma criança de colo, pediu para que ele fosse embora. Então, o agente penitenciário disse que iria, mas que iria voltar, relatou a viúva de Marcelo Arruda.