Contar os dias para terminar a pandemia, cessar o isolamento social, não poder frequentar lugares públicos como cinemas, shopping centers e restaurantes. Manifestar a vontade de ter tudo isso de volta.

Um conflito interno nas pessoas, gerador de um dos mais frequentes sentimentos na atualidade e que evolui para um problema: a ansiedade.

Sintomas como suor, palpitação, respiração ofegante ou falta de ar dão boas pistas de que alguém está se tornando alguém ansioso.

O bom é que existem certas práticas e maneiras de se encarar a vida que ajudam a espantar a ansiedade e melhorar a qualidade de vida e a própria percepção acerca de si.

Um autoconhecimento oportuno diante de um isolamento social, nos chamando para lidar melhor com nossos pensamentos e nossa mente.

Técnicas simples

Não custa nada dominar ou extirpar a ansiedade; basta se reeducar, perceber e adotar algumas técnicas que vão melhorar tanto a sua disposição quanto trará de volta a tranquilidade interna.

Unanimidade entre os especialistas, a primeira coisa a se fazer é respirar corretamente, ou como eles preferem, executar a respiração consciente. Atividade inerente ao funcionamento do corpo, a respiração é requisito essencial para a meditação e relaxamento, objetivando o equilíbrio.

Respirar com calma, sentindo a parte da barriga se expandir e a região do tórax encolher numa postura sentada e confortável - e vice-versa -, beneficiará sua compreensão a respeito do funcionamento do seu corpo e de sua mente.

Ao observar o ambiente – sons, cores, texturas, etc – a pessoa pode se autoconhecer.

Para a Monja Coen, o fato de ficar em casa não é uma punição; significa uma oportunidade de cada um entrar em contato consigo e viver o presente. Tudo tem seu tempo de maturação.

Adquira uma rotina para atividades simples como acordar, praticar exercício físico e cuidar da família.

Planeje isso e estabeleça prioridades, mas não caia na armadilha do “automático”. Importante é fazer as mesmas coisas de forma diferente. Monja Coen sugere mudar a mão para escovar os dentes, mudar a lata de lixo para outro lugar, como exemplos.

Seja flexível e, uma vez que não precisa se preocupar com formalidades e compromissos, dê uma ajeitada em sua agenda.

Permita ser gentil consigo mesmo e não duvide de sua capacidade; se considerar seu tempo curto, não se flagele e deixe para o dia posterior.

Importância da gratidão

Mudar de foco é importante, pois pode levar ao sentimento de ser grato. O exemplo vem da Monja Coen, a qual usou um prato de comida. Mesmo que seja apenas um punhado de feijão. Pense em todos aqueles que participaram na chegada do feijão até o seu prato. Desde o plantador até o embalador ou vendedor de grãos, passando pelo armazém, o ensacador e o transportador, veja o quanto a vida está presente. Afinal de contas, todos nós e tudo está interligado, não é?

No entanto, cuidado com o que come: uma dieta preferencial por fibras e ácidos graxos dá uma freada na ansiedade e colabora com o seu intestino, evitando os sintomas de estresse e depressão.

Se quiser amplificar a gratidão, tente um hobby ou algo que gosta de fazer nas horas vagas; recomenda-se ir ao encontro de sentimentos positivos e manter o bem-estar emocional. Com isso poderá acumular não só a gratidão, como também a esperança e a vitalidade.

Notícias e mais notícias

Inegável a preocupação e a apreensão com tanta notícia ruim sobre a pandemia. Caso se sinta angustiado, diminua sua atenção e busca por algo do gênero na televisão, rádio ou outro meio de comunicação. Lembre-se de acessar fontes confiáveis na hora de se inteirar sobre este tipo de notícia, blindando a si mesmo e aos outros com quem convive.

Se puder achar no oceano de informações da atualidade, pesquise ou comente matérias/informações positivas: elas contribuem muito para o estado de felicidade, de plenitude e de bem-estar social, mental e físico de cada ser humano.

A Monja Coen apela para não deixar de ver o lado bom das coisas.

“Precisamos de notícias, de palavras, de gestos e atitudes que são benéficas porque nós acessamos ao estado benéfico em nós. Ele existe em nós... Tem coisa boa, os passarinhos estão cantando, os rios mais limpos, a atmosfera mais pura...”

Último lembrete, a Monja Coen recomenda: “... pra todos vocês é fica em casa e fica bem em casa. Aprecie a vida porque onde você está é o centro da sua existência. Estamos vivos e estamos aqui sobrevivendo sim, com alegria, com contentamento que aumenta a imunidade.”