O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) comentou na última live que realizou em 2020, que aconteceu na última quinta-feira (31), sobre a possibilidade de comprar doses da vacina contra Covid-19 que vem sendo produzida pela empresa norte-americana Moderna.

O presidente não citou como a negociação poderia acontecer e mencionou dados divulgados pelo jornal New England Journal of Medicine, onde dizem que a vacina alcançou cerca de 94% de eficácia. A própria empresa também já havia falado sobre o resultado há pouco tempo antes de ser noticiado pelo canal.

Bolsonaro falou também sobre a notícia de que outros países já começaram a imunizar seus residentes, no entanto não falou quando começará no Brasil. "Além da Pfizer, temos uma outra agora que se apresenta no momento, a Moderna, que poderá ser adquirida pelo Brasil", afirmou o presidente.

Vacina produzida pela Moderna é usada nos EUA

A vacina fabricada pela Moderna já vem sendo usada nos países dos Estados Unidos e Canadá desde do último dia 18 de dezembro. A vacina pode durar por até um mês se estiver armazenada em uma geladeira e 6 meses se for totalmente congelada.

A Moderna fechou um contrato com os Estados Unidos para entregar cerca de 80 a 100 milhões de doses do imunizante ainda no primeiro trimestre deste ano.

No contrato firmado entre o país americano e a empresa diz que o total é de 200 milhões de doses que serão utilizadas em 100 milhões de habitantes.

O presidente disse que mantém contato com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e sempre tem discutido soluções para combater o vírus no Brasil.

Bolsonaro ressaltou também o que já havia dito dias antes sobre não querer tomar a vacina porque já contraiu o vírus e acha desnecessário tomar a dose do remédio.

Ele afirmou também que ninguém será obrigado a tomar o imunizante.

Bolsonaro alegou que as seringas e agulhas estão com os preços elevados por conta da pandemia e que o Governo pretendia comprar cerca de 331 milhões do insumo, mas acabou adquirindo apenas 7,9 milhões em uma oferta que foi oferecida em pregão eletrônico. Isto representou uma porcentagem muito baixa para o tanto que o governo pretendia comprar.

Duas vacinas estão na mira do Brasil

Até o momento, o governo brasileiro só firmou contrato com a farmacêutica AtraZeneca que desenvolveu uma vacina contra o coronavírus em parceria com a Universidade de Oxford.

No entanto, esta vacina será fabricada no Brasil pela Fiocruz por conta da logística, pois o imunizante tem que ser conservado a certo grau de temperatura fria. A vacina em questão já recebeu autorização para ser usada em situação emergencial no Reino Unido, mas a sua eficácia tem apresentado resultados diferentes.

Outra vacina que pode ser usada pelo governo brasileiro é a CoronaVac, a qual foi criada em parceria entre a Sinovac e o Instituto Butantan e será fabricada aqui no Brasil pelo Instituto Butantan que está vinculado ao governo de São Paulo.