O pagamento da ajuda emergencial do Governo para os usuários do Bolsa Família acompanhará o calendário normal do programa. Quando o valor da Bolsa for inferior a R$ 600 o beneficiário passará a receber, por ser mais vantajoso, o dinheiro governamental para amenizar os problemas econômicos com o coronavírus (covid-19). As datas dos depósitos acompanham o calendário normal de quem utiliza o cartão, de acordo com o Número de Identificação Social (NIS): em abril, os pagamentos começam a partir do dia 16 para quem tem o NIS terminado em 1. Os de final 2 recebem dia 17.
E assim por diante até dia 31 (para os de final 0).
Ajuda emergencial acompanha calendário do Bolsa Família
Os valores a receber dependem do perfil de cada família, e podem variar entre R$ 600 (um único beneficiário) e R$ 1.200 (mulheres "mães de família" ou dois beneficiários recebendo R$ 600). O prazo máximo de retirada é de até 60 dias. Após isso, o dinheiro sairá da conta.
A ajuda emergencial é um benefício temporário, pago em três meses. Segundo o Ministério da Cidadania, das 14,29 milhões de pessoas que receberão o Bolsa Família em abril, cerca de 2 milhões recebem um benefício maior que R$ 600, e portanto, não compensará optar pelo crédito adicional.
Ajuda emergencial não precisa de aplicativo para o Bolsa Família
Não é necessário baixar o aplicativo especial da Caixa Econômica para auxílio emergencial. Quem está no Bolsa Família já está dentro do sistema do governo, o Cadastro Único (CadÚnico) e, portanto, o dinheiro cai direto na conta que a pessoa recebe normalmente.
A maior parte desse dinheirão da ajuda emergencial irá para as pessoas que estão dentro do Cadastro Único.
Nos cálculos da Caixa, do total de R$ 98,2 bilhões reservados para essa ajuda, R$ 29,43 bilhões serão pagos para quem está no CadÚnico, o que inclui a Bolsa Família. Outros 25 bilhões serão dirigidos para quem não está dentro desse cadastro, mas também tem direito a receber o benefício, como trabalhadores informais sem registro e sem contribuição ao INSS.
O Bolsa Família, criado em 2003 pelo então presidente Lula, se inspirou no Bolsa Escola, ideia proposta por Cristovam Buarque em 1986, quando era reitor da Universidade de Brasília, mas só efetivado em 2001, na época do presidente Fernando Henrique Cardoso. Buarque chegou a efetivar o Bolsa Escola em 1995, quando foi governador do Distrito Federal. A lei 10.836, do Bolsa Família, unificou vários programas, além do Bolsa Escola: Bolsa-Alimentação, Auxílio Gás, e o CadÚnico. O critério de recebimento foi vinculado a matrícula das crianças da família na escola e situação de pobreza.
Ajuda emergencial foi ampliada pelo Congresso
O projeto do auxílio emergencial foi proposto pelo governo federal no valor de R$ 200, mas foi ampliada na Câmara dos Deputados. Apelidada de "coronavauche, foi desdobrada em dois decretos: um para quem tem registro no CadÚnico e para os que estão fora desse cadastro.