O programa social Bolsa Família está sofrendo modificações importantes neste ano, principalmente devido à pandemia causada pelo novo coronavírus (covid-19). Paulo Amorim, do portal FDR.com.br, lista três mudanças que impactarão os beneficiários: o novo valor de pagamento considerando a possibilidade de receber a ajuda emergencial de R$ 600; a suspensão por 120 dias dos cancelamentos feitos após o pente fino federal que analisava quem não cumpre mais os requisitos; e a autorização do Governo para a entrada de novas pessoas, que pela primeira vez na história do programa atingiu a marca de 14 milhões de inscritos no mês de março (para pagamentos em abril).

Entraram 1.220 milhão de pessoas novas. A cobertura no Nordeste, por exemplo, subiu em 11,90%.

Bolsa Família recebe ajuda emergencial mais rápido

Foi um ano cheio de mudanças inesperadas devido ao coronavírus, ressalta o colunista, e o valor de R$ 600 cobrirá possíveis imprevistos das famílias que antes recebiam menos que essa quantia determinada pelo governo para um auxílio durante três meses.

A partir do dia 16, sem necessidade de nenhuma ação como baixar aplicativo e fazer inscrição ou opção, esse grupo de pessoas, formado por 14,29 milhões de beneficiários, ganharão a quantia acertada para amenizar o problema. Como já fazem parte do cadastro do governo, fica mais fácil para a identificação e transferência dos recursos.

A garantia da vantagem extra para quem está dentro do Bolsa Família foi feita pelo próprio ministro da Cidadania, Onix Lorenzoni: "Pode ter a tranquilidade que vai receber tudo o que tem direito nos três meses".

Beneficiário do Bolsa Família atende condições mínimas do auxílio

O voucher pode atingir o valor de R$ 1.200, caso a mulher seja "mãe de família", ou seja, responsável pelo cuidado e provisões aos filhos sem a ajuda de um marido ou outro homem.

Isso não impede de outra pessoa da mesma família --apenas mais uma-- pleitear mais R$ 600.

Até quem saiu recentemente do programa pode receber esse valor. A hipótese, já alertada pela colunista Sohia Camargo, do portal R7, beneficia quem já estava no CadÚnico até o dia 20 de março, que foi a data quando o governo decidiu que não ia mais cortar ninguém.

Fora essa opção, quem saiu a mais tempo ainda pode contar com a inscrição formal no site ou no aplicativo da Caixa Econômica, atendendo os requisitos para ter o dinheiro extra: estar desempregado, não receber outro benefício social como por exemplo seguro desemprego, ter mais de 18 anos, renda individual de no máximo R$ 522,50 (meio salário mínimo) ou renda familiar que não ultrapasse os R$ 3.135 (três salários mínimos).

Coronavírus: Impactos da queda da economia

O coronavírus terá um enorme impacto na economia brasileira, afetando os mais pobre e pessoas em risco social, como os que estão dentro do Bolsa Família. O Ministério da Economia divulgou nota declarando grande incerteza sobre a dimensão e a extensão real do problema com três cenários: no pessimista, o Produto Interno Bruto (PIB) perderia 0,5 pontos percentuais; No otimista, apenas 0,1 ponto.

E no cenário central, considerado o mais provável, o recuo seria de 0,3 pontos.

Resultando, ou consequências dessas previsões, em cinco problemas: redução das exportações; queda dos preços das commodities; interrupção da cadeia produtiva em alguns setores; queda nos preços dos ativos e piora nas condições financeiras; e redução do fluxo de pessoas e de mercadorias. Tudo ainda depende dos cenários nacionais, regionais e internacionais e o comportamento do pandemia em todo o mundo.