Nesta sexta-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governador que adotar medidas para fechar seu Estado deverá pagar o novo auxílio emergencial. As medidas de restrição relativas ao fechamento de Estados no país visam conter o avanço do coronavírus (Covid-19).

Nos últimos dias, os governadores passaram a se organizar para adotar as recomendações das autoridades sanitárias no combate ao avanço da Covid-19.

No Brasil, cerca de 253 mil vidas já foram ceifadas pela doença.

De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, a fala do presidente ocorreu durante uma visita em Caucaia (CE), onde o Governo federal está duplicando as obras na BR-222. Bolsonaro declarou que, logo, o novo auxílio emergencial será pago e os governadores que fecharem o seu Estado e/ou bloquear os empregos por meio do fechamento de comércios, deverão pagar o benefício do novo auxílio aos seus cidadãos.

Bolsonaro critica fechamento

O presidente Jair Bolsonaro sempre se mostrou contra as medidas restritivas das autoridades sanitárias, em especial quando se trata das atividades com forte impacto na economia do Brasil.

Fechar os Estados pode conter o avanço da pandemia, mas surtirá efeito negativo nas contas públicas, devido às despesas se tornarem maiores que as receitas, segundo o presidente.

Em relação à pandemia, Bolsonaro disse que o trabalho está sendo sofrido em seu governo, mas ressaltou "que este mal" será vencido. No entanto, segundo o presidente o povo precisa trabalhar e "essa politicalha do fica em casa a economia a gente vê depois não deu certo e não vai dar certo", disse o presidente.

De acordo com Bolsonaro, a proposta do auxílio emergencial está sendo estudada pelo governo. O objetivo é iniciar os pagamentos a partir de março, onde serão destinadas quatro parcelas no valor que deve ficar entre R$ 250 e R$ 300 para a população mais vulnerável.

Para o chefe do Executivo, o pagamento da nova rodada do benefício tem a pretensão de "ver se a economia pega para valer".

Ainda segundo o presidente, não se pode continuar fazendo política e no final jogar toda a responsabilidade "para o colo do presidente da República". Bolsonaro está incomodado com a pressão em cima do seu governo e tem sugerido fortemente que prefeitos e governadores sejam cobrados pela população no que diz respeito ao pagamento do auxílio emergencial.

Bolsonaro entrega 3 unidades habitacionais no Ceará

No município de Tianguá, no Ceará, o presidente Bolsonaro assinou uma ordem para retomada das obras de 3 rodoviárias, além de entregar junto com Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica, 3 unidades habitacionais com um total de 240 apartamentos.

Na ocasião, Bolsonaro agradeceu a população por tê-lo escolhido como presidente nas eleições 2018 e enalteceu as entregas feitas pelo seu governo. Bolsonaro disse saber que a sua gestão não seria fácil, mas afirmou que seu governo não é de se entregar. O presidente ainda elogiou o serviço feito pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Falta de alinhamento com governo provoca troca no comando da Petrobras e BB

O Ministério da Economia tem trabalhado junto aos 3 poderes para encontrar as melhores formas de manter o giro econômico, em especial, quando diversos investidores estão recuando, após a insatisfação de Bolsonaro com a gestão de Roberto Castello Branco, na Petrobras.

Os atritos entre o chefe do Executivo e o presidente da estatal gerou a troca no comando da petroleira.

Essa desavença também culminou na decisão de André Brandão em abandonar o cargo de presidente do BB (Banco do Brasil).

A falta de organização no enfrentamento à Covid-19, atritos com presidentes de estatais, atraso na resolução do pagamento do novo auxílio emergencial são problemas que têm gerado perdas financeiras ao país e provocado fortes pressões ao governo Bolsonaro.