Na manhã deste domingo (26), o presidente do Fluminense concedeu entrevista ao portal Saudações Tricolores e falou sobre diversos assuntos que norteiam as conversas dos torcedores nas redes sociais. Através de uma live, o mandatário, inicialmente, abordou sobre a situação de Fred. Há cerca de oito dias, ele, ao Esporte Interativo, havia dado nota 10 na escala de possibilidade de o camisa 9 retornar após o fim da quarentena por conta do coronavírus. Dessa vez, o dirigente adotou um discurso pouco mais reticente.

"Não falta assinar somente, porque não discutimos questão de valores.

É um sonho nosso e na última live fui muito claro que de 0 a 10, a chance a 8 e após, acredito que a chance seja 10, porque ele quer voltar e o queremos de volta, dentro das condições que o Fluminense pode pagar. Não vamos explodir o teto que programamos de folha e ele e seu representante estão cientes.No momento seguimos parados no mesmo lugar. Ele querendo muito vir, eu querendo muito que ele venha. Com uma palavra dada um para a outro que faremos de tudo", explicou Mário, revelando, porém, ter algumas ideias para concretizar a volta do centroavante.

"Temos ideias de colocar dispositivos no contrato e regras comerciais que possam manter o Fred conosco posteriormente à paralisação dele como jogador de Futebol.

Ainda é o maior centroavante do futebol brasileiro, disparado. Tem procura de outros clubes. Quem não gostaria de ter o Fred? Não tenho dúvida do amor dele pelo clube, que quer encerrar a carreira no Fluminense", encerrou.

Fred negocia a sua rescisão de contrato com o Cruzeiro. De acordo com o jornalista Jorge NIcola, o atacante firmará um vínculo de dois anos para, novamente vestir a camisa do Fluminense, por onde atuou entre 2009 a 2016, conquistando, ao longo desse período, dois títulos de Campeonato Brasileiro (2010 e 2012), um de Campeonato Carioca (2012), além de, em 288 jogos, marcar 172 gols.

Outro assunto que surgiu foi Mariano. O lateral-direito, atualmente no Galatassaray, da Turquia, depois de passagem pelo Sevilla, da Espanha, vem afirmando, há um certo tempo, o desejo de retornar ao futebol brasileiro e que foi consultado por alguns clubes daqui, dos quais, o Fluminense, agremiação que defendeu de 2009 a 2011 antes de rumar para a Europa.

Apesar de confirmar o interesse na sua contratação, Mário negou estar havendo qualquer tipo de negociação para trazê-lo de volta.

"Eu vi uma entrevista aonde ele se refere ao fato de ter sido procurado pelo Fluminense, Atlético, Palmeiras, Flamengo. Eu fui ver na internet e o Rafinha foi contratado em junho de 2019 pelo Flamengo. Talvez essa entrevista tenha se referido a um período. Não procuramos Mariano. Obviamente, é monitorado por nós. As pessoas querem notícia e ficam dizendo que o Mariano desmentiu o presidente. Ele não desmentiu ninguém. Não iniciamos negociação com ele. Se negociarmos com ele no futuro, serei transparente e vou admitir", resumiu o mandatário.

Com a camisa do Tricolor, Mariano teve participação decisiva na histórica arrancada que evitou o iminente rebaixamento para a Série B no Campeonato Brasileiro de 2009 e, na temporada, foi um dos destaques do título da mesmo Brasleirão, encerrando um jejum de 26 anos da equipe carioca no principal torneio do futebol nacional.

Mário aproveitou para rechaçar, no momento, qualquer tipo de negociação:

" Nosso departamento de futebol segue trabalhando, montando a programação. Não estamos falando sobre contratação de atletas em momento algum", declarou.

Mário rechaça jogos nas Laranjeiras

Diante da quase certeza de, no fim do recesso por conta do Coronavírus, as partidas serem realizadas sem a presença de público, aventou-se a possibilidade de o Fluminense, querendo evitar maiores prejuízos, mandar os seus jogos nas Laranjeiras. Mário, porém, rechaçou essa intenção. O presidente tricolor alega que o estádio necessita de várias reformas e o clube, no momento, não dispõe de verba necessária para adequar o local a receber partidas do futebol profissional.

"O estádio ficou por muito tempo abandonado. Para fazer uma reforma mínima do jeito que está teria que ser com um dinheiro que o Fluminense neste momento não tem capacidade. Não vou iludir o torcedor porque o vestiário não tem condições de receber os visitantes e não podemos fazer obras para não colocar os funcionários em risco", explicou o mandatário, mesmo o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), Rubens Lopes, dando o aval para os jogos nas Laranjeiras.

" O que o presidente da Ferj quis dizer é que pelo fato de não ter público poderíamos mandar jogos no estádio. Mas isso é óbvio ululante. Mas esse estádio, mesmo com portões fechados, tem condições de receber um jogo de futebol?

Hoje, neste momento, não", finalizou.

Diante de tal declaração, a tendência é de, mesmo com os portões fechados, o Fluminense continue atuando no Maracanã em suas partidas como mandante. Recentemente, o Tricolor conseguiu, durante esse período de quarentena, reduzir em 80% o valor da taxa que paga para, ao lado do Flamengo, gerir o estádio.

O Fluminense, a princípio, deu férias ao seu departamento de futebol até o próximo dia 30 de abril. Mário Bittencourt, no entanto, já disse que só colocará o time em campo com o aval dos jogadores e a liberação dos órgãos de segurança e de saúde, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da FIFA.