O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, do partido Republicano, vem apoiando manifestações que pedem a flexibilização de medidas em combate à Covid-19, possibilitando a retomada da atividade comercial do país. Sua militância vem tomando as ruas, em atos com comerciantes que reclamam do baixo faturamento e risco de fechamento das empresas. A crise vem ampliando o número de desempregados no país, derrubando a principal vitória do governo Trump, que foi a redução do desemprego para os americanos durante os três anos de mandato.

Diferentemente do Brasil, os Estados Unidos vivem de fato sobre um federalismo, possuindo assim os Estados americanos autonomia sobre decisões sobre legislação e ações de combate ao coronavírus.

O presidente americano vem travando uma queda de braço com os prefeitos e governadores, cobrando a volta da atividade comercial. Trump chegou a pedir a 'libertação' de Michigan, Minnesota e Virginia. O Governo americano adotou políticas econômicas intervencionistas, incentivando através de distribuição de renda mínima o consumo.

Situação do coronavírus no EUA

Estados Unidos continuam crescendo em número de casos de coronavírus, com 722.000 casos confirmados e mais de 33.000 mortos, de acordo com os dados da Universidade Johns Hopkins.

Bolsonaro segue Trump e apoia manifestações

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro vem tomando atitudes parecidas, apoiando manifestações convocadas por sua militância, que defendem o isolamento vertical e reabertura dos comércios.

Os atos vem sofrendo forte repressão por parte dos governadores, como o exemplo da detenção de uma ativista em Fortaleza, acusada sem provas de ser organizadora das manifestações. O ato de repressão foi gravado ao vivo, ganhando repercussão nacional, viralizando principalmente na internet.

Segundo dados da pesquisa do Instituto Locomotiva, número de brasileiros endividados aumentou drasticamente durante o isolamento social, alcançando a marca de 91 milhões, representando 58% da população.

As contas que mais foram deixadas de lado durante esta crise, são faturas do cartão de crédito e carnês de lojas. Banco Mundial estima que 5,7 milhões de brasileiros estarão na extrema pobreza, devido à crise econômica causada pelo novo coronavírus. O primeiro trimestre no Brasil registrou um crescimento do desemprego, refletindo na perspectiva do encolhimento do PIB, redução do consumo e baixa arrecadação de impostos. O que pode ocasionar o colapso da administração pública, principalmente com sua obrigação de honrar com folha de pagamento de servidores, refletindo em um possível encolhimento de seus salários.