O advogado de defesa de um dos ex-policiais envolvidos na abordagem que levou à morte de George Floyd solicitou que todas as queixas contra os agentes sejam retiradas, alegando que a real causa da morte do ex-segurança foi overdose, e não asfixia, como divulgado desde o desfecho trágico da operação que resultou em protestos mundiais.

Durante uma entrevista concedida a uma rede de televisão local, o advogado Earl Gray, defensor de Thomas Lane, afirmou que tem como provar que George Floyd sofreu uma overdose, resultado do uso do opióde sintético, Fentanil.

O ex-policial Thomas Lane está sendo acusado como cúmplice de homicídio culposo. Earl Gray, no entanto, não apresentou nenhuma prova que sustente sua afirmação.

Versão do advogado

De acordo com as declarações do advogado de defesa, enquanto os agentes policiais levavam George sob custódia, ele teria tomado o comprimido, e diz ainda que é possível ver os vestígios da droga na boca do ex-segurança pelas gravações feitas através de câmeras corporais dos policiais.

A entrevista foi concedida a KUTV de Minneapolis, e de acordo com o advogado, as machas brancas que podiam ser vistas na língua de Floyd, nada mais eram do que restos de uma dose letal de Fentanil tomada por ele.

Uso da droga

Ainda na versão de Earl Gray, George Floyd teve a overdose, sozinho, enquanto tentava evitar que os policiais o prendessem.

A dose mencionada pelo advogado seria de 2 miligramas, quantidade suficiente para causar um grande nível de intoxicação e uma grande dificuldade respiratória.

Com estas alegações, Earl afirma que o que contribuiu para a morte do ex-segurança foi sua falha vista como intencional em obedecer às ordens, em conjunto com sua overdose.

Autópsias

Apesar das alegações realizadas pelo advogado de defesa do ex-policial como argumento para que o caso fosse encerrado e as acusações retiradas, duas autópsias recentes foram divulgadas no mês de junho deste ano.

Uma das autópsias foi realizada por um legista particular e independente, contratado pela família de George, e a outra por um legista do condado de Hennepin.

Em ambos os resultados que foram divulgados à imprensa a morte foi um homicídio e a causa foi asfixia.

Defesa de George Floyd

Os advogados de defesa de George Floyd afirmam que, de acordo com ambos os exames, a posição do agente policial ao pressionar o joelho sobre o pescoço dele cortou o fluxo sanguíneo para o cérebro, e o peso corporal do agente sobre as costas de Floyd também auxiliou na dificuldade de respiração.

Outra informação dos laudos é de que o ex-segurança morreu no local onde George foi detido, e quando a ambulância chegou para prestar socorro ele já estava sem vida, fato este que contraria a versão apresentada pelos policiais, que alegam que ele morreu no hospital após receber os primeiros socorros.