A Polícia da cidade de Los Angeles, nos EUA, divulgou neste último domingo (13) imagens do ataque a tiros realizado por um homem contra uma viatura da corporação. Durante a ação, ocorrido no sábado (12), dois policiais que estavam dentro do carro acabaram baleados. As autoridades estão oferecendo uma recompensa de US$ 100 mil (cerca de R$ 530 mil) para quem fornecer detalhes que levem à captura do atirador.

Comissário de polícia diz que ato foi uma covardia

Dados apresentados pelo FBI (Polícia Federal americana) apontam que, somente em 2020, em torno de 40 policiais morreram em serviço nos Estados Unidos, sendo oito vítimas de emboscadas.

Em nota, Alex Villanueva, comissário da polícia local, disse que o trabalho oferece mais risco aos profissionais da área e que na maioria das vezes os policiais têm de enfrentar pessoas que não gostam de seguir leis.

Após o atentado do último sábado, centenas de pessoas compareceram ao Pronto Socorro de Los Angeles, onde as vítimas seguem internadas, gritando palavras de ordem contra policiais. Durante as manifestações, a polícia teve que intervir e prendeu dois manifestantes, incluindo a repórter Josie Huang, da rádio NPR.

Os agentes que faziam a segurança no local alegam que, no momento da ação, Huang não se identificou como repórter e tentou impedir a detenção de outro manifestante. Por meio de uma postagem no Twitter, Josie explicou que tinha em sua posse um vídeo detalhando fatos sobre o ocorrido, enquanto a NPR disse que foi surpreendida com a detenção da repórter.

Trump condena ataque

O nome das vítimas não foi revelado para imprensa. Sabe-se apenas que os policiais atingidos são uma mulher e um homem, com idades entre 31 e 24 anos.

Segundo informações, a policial foi baleada na mandíbula e nos braços. Após passar por cirurgia, seu estado de saúde é considerado estável. Por outro lado, seu colega está em estado grave. De acordo com as informações da TV ABC, o homem foi atingido no peito e nos braços. Após o atentado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou o ataque e disse que os responsáveis pelo atentado devem ser "atingidos com força".

Vídeo retrata a onda de violência enfrentada pelos EUA

A morte de George Floyd, segurança negro que foi assassinado por um policial branco após ser asfixiado em meio a uma abordagem, gerou uma onda de revolta que vem se espalhando pelos EUA nos últimos meses. Desde então, os manifestantes começaram a sair às ruas do país pedindo para que os governos reduzam pela metade as verbas que antes eram destinadas para a área da segurança pública. Os manifestantes defendem que parte do dinheiro gasto com as forças de segurança seja investido em outras áreas, como programas sociais ou educacionais.