Fernando Haddad (PT) questionou neste último sábado (19), em sua conta no Twitter, o patrimônio imobiliário da família Bolsonaro. Em sua postagem publicou: "Afinal, como um deputado amealhou um patrimônio imobiliário de R$ 15 milhões, sem aprovar um único projeto relevante? Qual a real função da sua assessoria?".
A Thread do escândalo Bolsonaro deveria começar com essa esquecida reportagem. Afinal, como um deputado amealhou um patrimônio imobiliário de R$15mi, sem aprovar um único projeto relevante? Qual a real função da sua assessoria? https://t.co/70qp7D1hJ1
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) 19 gennaio 2019
A referência utilizada como base para a pergunta foi uma matéria publicada pela Folha de S.Paulo em janeiro de 2018 sobre os bens imobiliários da família Bolsonaro.
De acordo com as informações do artigo, a família possui 13 imóveis, no valor total de R$ 15 milhões, distribuídos por Copacabana, Barra da Tijuca e Urca.
Em seu Twitter, Haddad (PT) insinua que as investigações deveriam ter começado quando surgiu essa especulação milionária sobre os bens da família Bolsonaro.
Haddad foi derrotado por Jair Messias Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais de 2018.
Bolsonaro, por sua vez, inicia o mandato de presidente tendo que lidar com o suposto envolvimento de seu filho Flávio no caso Fabrício Queiroz.
O episódio abriu espaço para insinuações da oposição, incluindo o PT, sobre a integridade e honestidade do filho e da família Bolsonaro.
Investigação do Coaf
As investigações do Coaf iniciaram pela conta de Michelle Bolsonaro (primeira-dama), mas, Bolsonaro explicou ao Ministério Público do Rio de Janeiro que os depósitos de R$ 24 mil feitos por Queiroz eram referentes a uma dívida de empréstimo que tinha com o atual presidente, no valor de $ 40 mil.
Ao continuar as investigações, o Coaf encontrou em uma das contas de Flávio Bolsonaro 48 depósitos no valor de R$ 2 mil cada, contabilizando um total de R$ 96 mil, em apenas um mês.
De acordo com as informações, Queiroz movimentou em sua conta cerca de r$ 1,2 milhão no ano de 2017.
Na época da movimentação milionária, Queiroz era assessor de Flávio Bolsonaro, que até então ocupava o cargo de deputado estadual no Rio de Janeiro.
O Coaf considera essas movimentações atípicas, porque foram realizadas de forma fracionada demonstrando a tentativa de impossibilitar a identificação dos depósitos na conta bancária de Flávio Bolsonaro.
Posição do Planalto
O Palácio do Planalto tenta afastar o presidente do caso, atribuindo somente a Flávio Bolsonaro a responsabilidade de explicar tudo sobre o caso de Fabrício Queiroz.
Assessores do presidente desejam que Flávio explique a origem dos depósitos. Essa tentativa visa transparecer ao Coaf e à população brasileira que não há envolvimento de um membro da família Bolsonaro em atos que denotam Corrupção.