O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, prometeu fazer um corte substancial nas verbas oficiais destinadas ao mercado publicitário brasileiro. O Palácio do Planalto já possui um projeto de lei pronto para ser apreciado no Congresso Nacional.
Trata-se de uma proposta voltada para a proibição de um instrumento de negociação de caráter comercial que, de acordo com especialistas e críticos, acabou favorecendo e garantindo o domínio da Rede Globo de Televisão no mercado publicitário de emissoras de televisão de transmissão aberta no Brasil.
Texto escrito por concorrentes da Rede Globo
Vale ressaltar que o texto foi inscrito por membros integrantes de agências de publicidade e executivos que se caracterizariam por serem concorrentes da Rede Globo, o que deverá ser apresentado pelo deputado federal eleito do PSL (partido do presidente Jair Bolsonaro) e ex-ator Alexandre Frota. Vale lembrar que a nova legislatura de deputados e senadores eleitos tomará posse no início do mês de fevereiro.
De acordo com o deputado eleito Alexandre Frota, "o projeto teria sido entregue a ele e a uma equipe de profissionais com a autorização do presidente Jair Bolsonaro". Ainda de acordo com o ex-ator da Rede Globo, o mesmo "apresentará o projeto ao presidente e se reunirá com representantes de algumas das principais emissoras de televisão do país, como: SBT, Rede Record, Rede TV e talvez, a Rede Bandeirantes".
Vale, no entanto, afirmar que a maior emissora de televisão do Brasilm, a Rede Globo, não deverá participar do encontro.
Já na última segunda-feira (07), o presidente Jair Bolsonaro teria sinalizado essa intenção. O fato teria ocorrido quando o mandatário brasileiro se manifestava ao reiterar críticas dirigidas à distribuição de verbas oficiais do Governo federal para veículos de comunicação da grande mídia.
O presidente afirmou que "pretende buscar juntamente ao Parlamento brasileiro a questão do BV e que isso teria de deixar de existir, além de já ter aprendido em relação a isso e ter ficado assustado". As críticas do presidente foram feitas durante discurso realizado na cerimônia de posse dos novos presidentes de bancos públicos, como: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O BV trata-se de uma sigla de Bonificação de Volume e seria o alvo em questão por parte do governo federal. Esse mecanismo teria sido introduzido pela Rede Globo em meados dos anos 60 para, de acordo com a emissora carioca, estimular o mercado de publicidade no Brasil. Para críticos, isso acaba criando um ciclo de caráter vicioso, já que o meio mais rico do Brasil, em se tratando da TV aberta, acaba mantendo o seu domínio sobre todo o bolo publicitário, o que alimentaria as agências com os chamados BVs.