Selma Arruda, uma das principais magistradas do Mato Grosso e que já foi considerada "linha-dura", elegeu-se senadora da República pelo PSL, mesmo partido do atual presidente do país, Jair Messias Bolsonaro.

Entretanto, dada a seriedade com que conduziu suas decisões durante o tempo e que era juíza, Selma ficou conhecida popularmente como "Moro de saias", em face ao seu estilo de trabalho, muitas vezes comparado do ex-juiz federal Sergio Moro.

Atualmente, o ex-magistrado, que já conduziu em primeira instância a maior operação anticorrupção em toda a história contemporânea do país, a Operação Lava Jato, é ministro da Justiça e da Segurança Pública no Governo do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Vale, no entanto, ressaltar que a Operação Lava Jato proporcionou a elucidação de um mega esquema de corrupção que acarretou a "sangria" dos cofres públicos da maior estatal brasileira, a Petrobras. Dentre os presos mais famosos na operação, está o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que encontra-se detido em regime fechado, por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Senadora eleita sai em defesa de Flávio Bolsonaro

A ex-juíza Selma Arruda defendeu a estratégia de defesa do senador eleito Flávio Bolsonaro, filho do atual presidente da República. Flávio teve suas movimentações financeiras investigadas por meio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), em relação ao caso que rememora movimentações bancárias também em contas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, alvo de apuração no Ministério Público do Rio de Janeiro.

Ao fazer uma análise da documentação apresentada pelo Coaf, a juíza aposentada, Selma Arruda, afirmou que não teria verificado "nenhuma irregularidade",em relação às informações trazidas pelo órgão de controle das atividades financeiras no país, segundo relatado em informação veiculada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Entretanto, o Coaf não teria conseguido fazer a comprovação de identificação de favorecido, em relação a um pagamento de mais de R$ 1 milhão, feitas por Flávio Bolsonaro, em se tratando de um título bancário.

Além disso, não haveria nenhuma data referente a isso e nem mesmo mais detalhes desse suposto pagamento.

A senadora eleita afirmou que "as coisas teriam que ser esclarecidas em seu tempo e hora, já que não teria conhecimento a respeito de detalhes do inquérito". A magistrada ainda ressaltou que fora "juíza por vinte e dois anos e que teria aprendido a somente formar opinião quando via as coisas em sua frente".