Juan Guaidó desembarcou por volta da 1h40 desta quinta-feira (28) no Aeroporto Internacional de Brasília. O líder da oposição e autodeclarado presidente da Venezuela vai se reunir com Jair Bolsonaro no início da tarde para tratar da crise no seu país.

A presidência interina de Guaidó é reconhecida por mais de 50 países. O principal oposicionista do presidente Nicolás Maduro vem ao Brasil para agradecer ajuda do país e discutir os próximos passos a serem dados em solo venezuelano.

Guaidó não sabe como voltar para Venezuela

A reunião também deve ser pautada sobre outro ponto de discussão, o retorno de Juan Guaidó para Venezuela.

O problema é que o regime de Nicolás Maduro impediu a saída do país. O retorno na fronteira entre o Brasil é uma das opções do presidente interino, a primeira seria a possibilidades de chegar na Venezuela da forma tradicional, pelo aeroporto de Maiquetía, em Caracas, conforme confirmou ao jornal colombiano El Tiempo.

A equipe de Juan Guaidó acredita que esta possibilidade como uma oportunidade de enfrentar o regime e, se algo acontecer, a reação internacional teria grandes proporções.

No final de semana foi feita uma tentativa de ajuda humanitária, encabeçada por Brasil, Estados Unidos e Colômbia. A investida frustrada de entrar no país venezuelano causou mais caos e mortes na fronteiras venezuelanas com os países vizinhos.

As outras opções de retorno de Guaidó a Venezuela são por terra. A entrada via fronteira entre Colômbia e Venezuela é considerada muito perigosa devido a presença de paramilitares colombianos, forças chavistas e guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional. Guaidó deve debater com Bolsonaro a possibilidade de entrar na Venezuela via fronteira com o Brasil.

Na segunda-feira (25) Guaidó participou da reunião com grupo de Lima, em Bogotá, onde foi debatida a crise na Venezuela. Após a reunião ele não descartou pedir ajuda de intervenção militar para comunidade internacional.

EUA tentam ajuda da ONU para novas eleições na Venezuela

O Governo norte-americano espera que o Conselho de Segurança vote nesta semana a resolução que exija a entrada de ajuda humanitária na Venezuela.

A reunião foi um pedido dos Estados Unidos, logo após a violência que houve na tentativa de entrada de ajuda humanitária. O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, esteve com Guaidó na Colômbia. O governo americano tenta fazer com que a ONU interfira de maneira pacífica para que ocorra uma nova eleição presidencial na Venezuela, acompanhada de tropas militares para que não ocorram fraudes.

A secretária adjunta da ONU, Rosemary DiCarlo, declarou que o mais importante neste momento são os interesses do povo venezuelano e que a situação é extremamente grave.