Nesta última terça-feira, 9 de abril, o Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou um bilhete escrito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em tom de ironia ao ministro da Economia, Paulo Guedes. O bilhete de Lula foi destinado ao deputado Zeca Dirceu (PT-PR), que se envolveu em confusão com Guedes durante debate na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) promovido na semana passada na Câmara dos Deputados. Na ocasião, Guedes foi chamado de "tchutchuca" e "tigrão" pelo deputado.

Lula agradeceu Zeca Dirceu por ter comparado Guedes como uma "tchutchuca" e um "tigrão".

O petista parabenizou Dirceu, completando: "Eu fiquei tão orgulhoso de você, que vou aprender a Música da 'tchutchuca e o tigrão'". Além do mais, disse na carta que Guedes seria "o destruidor dos pobres". O texto na íntegra foi publicado na rede social oficial do PT no Twitter.

O petista também declarou que ficou muito orgulhoso da bancada do PT na comissão e ressaltou que tiveram um "papel extraordinário no debate sobre a Previdência".

Confusão entre Zeca Dirceu e Paulo Guedes

No último dia 3 de abril, durante sessão da CCJ, Guedes foi surpreendido por falas de Dirceu.

O deputado disse que o ministro da Economia agia como uma "tchutchuca" perante os empresários e banqueiros e um "tigrão" com os aposentados e a classe menos favorecida.

Em resposta, Guedes disse: "tchutchuca é sua mãe e a sua avó". Ele ainda sinalizou que não havia ido conversar com os deputados para ser desrespeitado. O clima ficou tenso e a sessão rapidamente foi encerrada pelo presidente da CCJ, o deputado Felipe Francischini (PSL-PR).

Zeca Dirceu é filho de José Dirceu, também condenado pelas investigações da Operação Lava Jato juntamento com o ex-presidente Lula.

Reforma da Previdência

A oposição se prepara para votar contrariamente a reforma da Previdência. A fim de enfrentar o Governo, partidos opositores apresentarão um relatório alternativo ao do relator da reforma na CCJ, o deputado Marcelo Freitas (PSL-MG).

Nesta terça-feira (9), Freitas entregará um parecer recomendando o texto de Jair Bolsonaro em prol da aprovação da Reforma na Comissão da Câmara.

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, Marcelo Freitas está confiante que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) será aprovada. Ele acredita que ocorrerá com cerca de 40 votos ou mais. Freitas disse que se a Comissão fosse técnica seria muito mais fácil a aprovação. No entanto, há embates políticos por trás que atrasam o processo.

O relator da reforma também disse que acha normal a oposição reagir, porém ele confia na articulação política do governo para que a PEC seja então aprovada e a reforma da Previdência avance para mais uma etapa.