Neste domingo (7), o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva completa 1 ano preso. Lula respondeu na Justiça e foi condenado pelos crimes de Corrupção passiva e lavagem de dinheiro por conta do triplex no Guarujá, localizado no litoral do estado de São Paulo. Na época, a condenação de Lula se deu após a confirmação do TRF-4, o Tribunal Regional Federal da 4º região, órgão atuante na Operação Lava Jato e que tem o papel de julgar os processos em seu âmbito. O petista e sua defesa também sofreram com derrota ao pedirem por habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em suma, O habeas corpus é um recurso que pode prevenir ou anular a prisão, por motivos que não os da lei.
Na quinta-feira (4), a pauta sobre julgamentos em 2ª instância que estava marcado para acontecer no dia 10 de abril foi retirada pelo ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal. Cabe ressaltar que a definição sobre a pauta visa resolver as ações do julgamento nesta instância, o ato poderia impactar tanto Lula quanto os demais presos já condenados e em igual situação a do petista.
Protestos pró-Lula
Tanto o PT (Partido dos Trabalhadores) quanto o Instituto Lula comunicaram que haverá protestos em favor de Lula neste domingo (7). O ato é parte da jornada "Lula Livre". Segundo informações da assessoria do Instituto Lula em comunicado ao portal R7, 15 países estão programados para as manifestações, que também irão ocorrer nos arredores da Superintendência da PF, em Curitiba, no estado do Paraná, onde o ex-presidente petista está preso.
Dinheiro e bens bloqueado por Moro
De acordo com informações do jornal O Tempo, ocorreu, na noite desta quarta-feira (4), em um bar em São Paulo, um leilão promovido pelo Instituto Lula de fotos doadas por fotógrafos que fotografaram o ex-presidente nas últimas décadas.
Nas informações do jornal, foram levantados cerca de R$ 624 mil pelas fotos.
O dinheiro deve ir para o Instituto e ou para a defesa de Lula, que, segundo informações, reclamam de falta de recursos. Estima-se também de que parte do dinheiro captado deva servir para que o Instituto pague a dívida que tem com a Lils Palestras, uma empresa pertencente à Lula, que tem custeado a defesa do ex-presidente.
O ato de bloqueio realizado pela parte do então juiz Sergio Moro impactou as contas do Instituto petista: Foram R$ 600 mil bloqueados e quase R$ 9 milhões de depósitos em dois planos de Previdência privada de Lula.
Além disso, quatro imóveis e dois veículos também foram apreendidos. Paulo Okamotto, sócio minoritário da Lis Palestra e presidente do Instituto chegou a reclamar da falta de recursos, segundo informações do jornal.