Durante um evento da Caixa Econômica Federal, intitulado “Nação Caixa”, ocorrido na manhã desta sexta-feira (10), em Brasília (DF), o presidente Jair Messias Bolsonaro alertou que semana que vem pode ocorrer um tsunami em seu Governo. Na sua fala, ele afirmou que tem enfrentado algumas dificuldades por causa da maneira de governar que ele escolheu. Segundo ele, o fato de não ter permitido indicações políticas para compor a estrutura de seu governo acabou trazendo alguns problemas para ele.
Ao falar de um tsunami que poderia acontecer na próxima semana, o presidente não especificou o que realmente poderia ser. Ele afirmou que não tinha como dar certo o fato da Caixa ter cada partido possuindo uma presidência e vice-presidência, e garantiu que as indicações feitas por ele foram baseadas por meio de critérios técnicos e que todos ministros têm autonomia e liberdade para tomar decisões.
Ainda em sua fala, o presidente disse que havia indicado Jorge Seif Junior, secretário de Pesca, e um “jovenzinho” para a Apex, e assegurou que suas indicações podem ser vetadas a qualquer momento pelos ministros.
O presidente disse que espera que os ministros tenham produtividade e falou a respeito de problemas enfrentados. “Alguns problemas? Sim, talvez tenha um tsunami na semana que vem. Mas a gente vence esse obstáculo com toda certeza”, disparou o presidente. Em seguida, ele afirmou que o ser humano erra, mas que há erros que são imperdoáveis, e outros não.
Ainda durante o evento da Caixa, o presidente tentou justificar um problema enfrentado recentemente com os lotéricos, mas não conseguiu esclarecer o que havia acontecido. Ao justificar ele disse que aquela questão não era a sua praia, e em seguida fez um gesto simulando armas.
No evento, Bolsonaro também relembrou sua trajetória política, que foi iniciada em 1990, como deputado, e citou o ataque sofrido durante a campanha eleitoral.
Governo Bolsonaro enfrenta derrotas no Congresso
Nesta semana, o governo Bolsonaro enfrentou algumas derrotas, dentre elas, a questão do ministro Sergio Moro, que perdeu o controle do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Por decisão da comissão especial, o Coaf deixou de pertencer ao Ministério da Justiça para fazer parte do Ministério da Economia. Apesar da derrota, Moro ainda defende que deveria permanecer com o controle da Coaf.
Outra derrota enfrentada pelo governo nesta semana foi o fato de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ter encerrado o dia sem pôr a medida para ser votada no plenário da Casa, pois isso acaba tornando a aprovação da medida mais arriscada, devido ao fato da matéria ter o prazo de validade encerrado em 3 de junho. Contudo, a votação da medida está prevista para ocorrer na próxima semana.