No próximo domingo (26) estão previstas para ocorrer manifestações em apoio ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. Apoiadores das manifestações estão usando as redes sociais para divulgar os atos e conseguir um número maior de adeptos.

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, líderes ligados ao movimento evangélico e aos caminhoneiros estão apoiando a ocorrência das manifestações, entretanto, há algumas divergências entre apoiadores. Há grupos de manifestantes que defendem movimentos radicais, como fechar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, mas os lideres evangélicos e os caminhoneiros não concordam com estas pautas.

Além dos líderes evangélicos e da categoria dos caminhoneiros, o presidente está contando com o apoio de quase a metade do PSL, que tem utilizado as redes sociais para fazer convocação aos manifestantes.

Manifestações pró-Bolsonaro serão no domingo (26)

Os atos pró-Bolsonaro estão previstos para ocorrer em ao menos 60 cidades, nas capitais do país e no Distrito Federal. Nas páginas que divulgam os atos pedem para que os manifestantes usem a camisa verde-amarelo.

Os objetivos dos atos consistem em apoiar o presidente e as suas pautas. Dentre elas, a da reforma da Previdência, a Medida Provisória 870, que permite reorganizar a estrutura do Governo e está ameaçada, pois pode perder o prazo de validade, e o pacote anticrime proposto pelo ministro Sergio Moro.

Além desses objetivos, há alguns grupos que pretendem enfrentar o Centrão e defendem à criação da CPI da Lava Toga, e pedem o impeachment de Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, ministros do Supremo Tribunal.

Líder de caminhoneiros apoia manifestações

O líder de caminhoneiros Wanderlei Alves, conhecido popularmente como Dedéco, disse que a categoria está apoiando os atos pró-governo.

Há um ano, a categoria dos caminhoneiros paralisou o país por dez dias devido à insatisfação com o preço do óleo diesel. A greve dos caminhoneiros, que ocorreu em maio do ano passado, ampliou ainda mais a crise no governo Michel Temer.

De acordo com o líder dos caminhoneiros, há uma grande parcela da categoria que votou em Bolsonaro nas eleições e que também está apoiando às manifestações.

Para ele, o Congresso Nacional está impedindo a aprovação das principais pautas que foram propostas por Bolsonaro.

“Não estou apoiando o presidente, mas a governabilidade do país. Eu percebo que o Congresso Nacional está travando muito as pautas do governo. O Brasil está parado por falta de governabilidade”, disse Dedéco.

Wallace Costa Landim, outro líder da greve dos caminhoneiros, também apoia os atos de domingo, mas pontuou que é importante perceber se isto irá realmente ajudar o país. "O Brasil está parado e não podemos ser um fator a mais de instabilidade", disse Wallace.