O presidente Jair Bolsonaro, em sua live na última quinta-feira (28), voltou a fazer críticas e acusações contra ONGs. As lives acontecem toda as quintas-feiras e tem transmissão no Facebook. O presidente aproveitou que estava falando na sua live e comentou a prisão dos quatro brigadistas que fazem parte de uma ONG que cuida da região do Pará e foram acusados sob suspeita de iniciarem esses incêndios no mês de setembro.

Durante uma transmissão, Bolsonaro disse que algumas ONGs comprariam fotos forjadas dos incêndios e publicam para receberem dinheiro de doações e fazerem uma campanha desfavorecendo o Brasil.

Bolsonaro disse, que só uma ONG teria pago mais de R$ 70 mil reais por uma única foto fabricada de uma das muitas queimadas."O que é mais fácil? 'Toca' fogo no mato. Tira foto, filma, manda para a ONG, a ONG divulga, entra em contato com o Leonardo DiCaprio e o Leonardo DiCaprio doa US$ 500 mil para essa ONG. Leonardo DiCaprio, você está colaborando com as queimadas na Amazônia", disse o presidente.

O presidente Bolsonaro também comentou uma foto que, supostamente, circularia em redes sociais onde mostra os "ongueiros" em uma vida luxuosa. 'Toca' fogo na Amazônia, divulga as imagens e ganha um dinheirinho do Leonardo DiCaprio. Pisou na bola, hein, DiCaprio?", disse Bolsonaro.

Para encerrar o assunto sobre as ONGs na sua live, Bolsonaro fez insinuação ao presidente francês Emmanuel Macron, chamando-o apenas de "o presidente de um grande país europeu.

Bolsonaro e o presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, lembraram de quando Macron postou uma foto antiga para dar a sua opinião sobre os incêndios que aconteceram na Amazônia. Segundo Bolsonaro, pelo menos, parece que o presidente francês não deve ter comprado a foto.

ONG nega as acusações

Segundo uma reportagem do site do portal G1, a ONG Projeto Saúde e Alegria nega ter feito qualquer campanha de publicação de fotos e doação depois de ter sido alvo de busca na operação dos policiais contra várias queimadas no Pará.

Ainda, quatro pessoas — uma delas é um brigadista voluntário — foram presas. A defesa dessas quatro pessoas negam qualquer crime ambiental. Segundo o G1, uma outra investigação estava mostrando que na verdade, teria envolvimento de grileiros e não brigadistas nesse incêndio.

Tem até mesmo, um aviso sobre a campanha que não era verdadeira que está no site da própria ONG.

Segundo eles, a conta e seu CNPj são mesmos verdadeiros, porém, os pedidos de doação não teria partido deles. A ONG informa, que a Polícia já está em posse das senhas da organização.

Quatro brigadistas da região de Alter do Chão tiveram prisão na terça-feira (26) por serem suspeito de se envolverem no incêndio criminoso na área de proteção ambiental.