O atual chefe do executivo, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), recebeu uma rejeição por parte da população brasileira após ele decidir demitir o médico Luiz Henrique Mandetta do cargo de ministro da Saúde no final da tarde desta última quinta-feira (16).

Após Mandetta não concordar com as ideias de Bolsonaro a respeito do isolamento social, o chefe do executivo decidiu demitir o médico. Bolsonaro tem o entendimento que nesse momento de proliferação do novo coronavírus é fundamental retomar os trabalhos para aquelas pessoas que não se encontram no grupo de risco, tendo em vista que a economia do país poderá ser afetada com a maioria da população em casa.

Já Mandetta tinha uma visão diferente a respeito do caso, informando que o Brasil não poderia retomar as atividades profissionais, pois o número de mortes iria aumentar de forma descontrolável em razão do novo coronavírus. Por esse e outros conflitos de ideia, o presidente da república resolveu demitir Mandetta. Com isso, muitos brasileiros não concordaram com a posição do presidente da República.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha revelou que Bolsoaro teve a não aprovação em relação a demissão do médico como ministro da Saúde. De acordo com algumas informações, cerca de 64% dos entrevistados afirmaram que o presidente 'agiu mal', 24% entenderam que o chefe do executivo 'agiu bem' e 11% não souberam responder.

Assim que foi anunciada a demissão de Mandetta, muitas pessoas se manifestaram. No estado de São Paulo, muitas pessoas registraram 'panelaços' em forma de repúdio a atitude tomada pelo atual presidente da república. Quem irá comandar nova administração da Saúde é o oncologista Nelson Teich, que durante um breve pronunciamento, informou defender a necessidade de isolamento social horizontal no combate ao coronavírus.

Bolsonaro e reabertura dos comércios

Durante uma nova coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (17), Bolsonaro informou a importância da reabertura dos comércios, tendo em vista que muitos comerciantes e funcionários querem trabalhar. Por isso, o atual presidente da República assumiu os possíveis riscos que a normalização de parte das atividades profissionais poderia causar.

''A história lá na frente vai nos julgar e eu peço a Deus que nós dois estejamos certos lá na frente. Então, essa briga de começar a abrir para o comércio é um risco que eu corro porque se agravar vem para o meu colo'', comentou Bolsonaro.

Até o fechamento dessa matéria, as atividades profissionais no país ainda continuam suspensas. O Ministério da Saúde continua ressaltando a importância da quarentena e nenhum profissional da saúde cogitou a possibilidade em normalizar parte dos trabalhos no país.