O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) respondeu algumas perguntas de repórteres que estavam na saída do Palácio da Alvorada na noite desta terça-feira (28). O chefe do Executivo federal foi questionado por alguns jornalistas que ali estavam, e alguns argumentavam sobre o aumento das mortes em razão do coronavírus. Um deles ainda chegou a falar que o Brasil ultrapassou o número de óbitos em comparação com a China.

“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", argumentou Bolsonaro. Ainda na entrevista, o presidente mostrou solidariedade para as famílias que perderam alguém para a doença.

“Lamento a situação que nós atravessamos com o coronavírus. Nos solidarizamos com as famílias que perderam seus entes queridos, que a grande parte eram pessoas idosas”, finalizou Bolsonaro.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil apresenta 5.083 óbitos, 31.142 casos recuperados e 73.166 casos confirmados. A China, por sua vez, registra 4.643 mortes, 77.578 pessoas curadas e 84.347 casos confirmados.

Bolsonaro e coronavírus

Bolsonaro sempre se posicionou contrário aos demais presidentes mundias a respeito do novo coronavírus. Enquanto alguns presidentes afirmam a importância do isolamento social e também da quarentena, o presidente brasileiro vai na contramão e diz que é importante a retomada das atividades profissionais nesse período de proliferação da doença.

Bolsonaro entende que a paralisação das atividades profissionais está sendo prejudicial para o governo, tendo em vista que muitas empresas deixaram de produzir nesse período de pandemia, o que poderá acarretar sérios problemas em relação à economia do país. Diante disso, Bolsonaro defende a retomada dos trabalhos para aquelas pessoas que não estão no grupo de risco.

Em outras coletivas de imprensa, o presidente informou que a população poderá sofrer com o coronavírus ou até mesmo com a fome, tendo em vista que muitos brasileiros serão demitidos se os trabalhos não forem restabelecidos em um curto espaço de tempo. Apesar de ser uma ideia arriscada, a quarentena continua sendo priorizada.

Auxílio emergencial

O governo aprovou uma recente lei para beneficiar algumas pessoas que trabalham de forma autônoma. Será disponibilizado um auxílio emergencial no valor de R$ 600 mensais. O intuito, de acordo com algumas informações, é ajudar alguns trabalhadores que não estão conseguindo desenvolver suas atividades profissionais

O vice-presidente, Hamilton Mourão, participou de uma entrevista coletiva informando que o auxílio poderá ser prolongado por mais alguns meses no Brasil se caso for necessário. “Caso necessário, vamos ver, poderá ser mantida essa medida de auxílio a pessoas que estão desempregadas por mais um tempo”, comentou Mourão.

Prevenção

Como ainda não foram elaborados métodos eficazes para combater a doença, a prevenção continua sendo a forma mais eficiente e adequada.

De acordo com informações do próprio Ministério da Saúde, nesse período de proliferação do novo coronavírus é recomendado que as pessoas permaneçam em casa.

Além disso, o uso das máscaras nas ruas com o auxílio do álcool em gel são ferramentas necessárias para prevenir o contágio da doença. Os profissionais da saúde também recomendam a não ida em lugares de grandes aglomerações, tendo o supermercado como exemplo.