O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a ser criticado pela impressa internacional devido à forma de se posicionar sobre o novo coronavírus. Uma edição do jornal francês Journal du Dimanche (JDD) fez uma menção crítica ao chefe do Executivo federal, informando que ele faz "uma aposta maluca" em priorizar a economia.

Segundo o jornal, Bolsonaro é um dos presidentes que vai contra a paralisação das atividades profissionais durante a pandemia de coronavírus. "Quando os mortos começarem a acumular, ele será apontado como o único responsável", afirma o brasilianista Frédéric Louault, da Universidade Livre de Bruxelas, ouvido pela reportagem.

A edição do jornal francês ainda ressaltou que muitos prefeitos e governadores brasileiros estão trabalhando duro para tentar enfrentar o presidente, tendo em vista que ele está sendo contrário às medidas impostas pelo Ministério da Saúde.

Bolsonaro e brasileiros

Indo contra as decisões de isolamento impostas pelo Ministério da Saúde, Bolsonaro aproveitou esses últimos dias para sair às ruas em Brasília.

Na última quinta-feira (9), o presidente foi a uma padaria, onde aproveitou para comer um lanche. Já na sexta-feira (10), Bolsonaro visitou um hospital de Brasília, mas não informou o motivo da visita.

No sábado (11), o presidente descumpriu novamente as medidas de isolamento e, junto do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), visitou as obras do primeiro hospital de campanha financiado pelo governo federal.

Pelas redes sociais, muitas pessoas estão sendo contra as atitudes do presidente. Por outro lado, muitos apoiadores do atual governo concordam com as saídas do presidente nesse momento de pandemia.

Brasil e mortes

Diariamente informações são fornecidas pelo Ministério da Saúde a respeito da proliferação do vírus no país. Ao menos 1.144 pessoas morreram em decorrência do contágio da doença e 21.065 casos foram confirmados. Rio de Janeiro e São Paulo foram os estados mais afetados pela covid-19. A capital fluminense registrou 155 mortes, enquanto a capital paulista teve 540 mortes.