Após polêmica, o atual ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou através de uma coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira (6) que irá permanecer no cargo. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se propôs a demitir Mandetta, mas acabou tendo uma reunião com alguns aliados e decidiu manter o cargo de ministro.

De acordo com informações do G1, o presidente cogitou essa possibilidade após ele entrar em divergência a respeito do novo coronavírus. O chefe do Executivo tem um pensamento diferente a respeito do novo coronavírus, onde ele entende que não passa de uma simples ''gripezinha'' ou ''resfriadinho''.

Com isso, Bolsonaro apoia a retomada das atividades profissionais no país em meio À pandemia que já resultou em milhares de mortes em todo o mundo. Ele chegou a fazer campanhas com o seguinte slogan: ''O Brasil não pode parar'', mas teve a campanha negada pela Justiça do Rio de Janeiro após alguns juristas entenderem que o Brasil não possui estrutura para voltar à normalidade.

O ministro da Saúde tem um pensamento diferente do atual presidente. Mandetta entende que o país passa por uma situação muito delicada, onde o vírus pode se proliferar cada vez mais se não tiver um isolamento por parte dos governantes. Por isso, o ministro defendeu que a quarentena permanecesse por tempo indeterminado no país até que uma medida mais eficaz seja implementada.

Com essa indiferença entre as ideias a respeito do coronavírus, Bolsonaro decidiu demitir o ministro, mas voltou atrás depois da reação de ministros do Governo, dos presidentes de Senado e Câmara e de parlamentares. Até o fechamento dessa matéria, nenhuma informação adicional foi apresentada sobre o respectivo caso.

Mandetta e vírus

Diariamente o ministro da Saúde, junto de outras pessoas, informa a população brasileira a respeito da evolução do coronavírus no país. De acordo com as últimas atualizações, o Brasil registrou 553 mortes, 12.056 casos confirmados e 127 pessoas curadas. Apesar de ser números relativamente baixo se for comparar com os números de países Europeus, onde alguns chegam a registrar 900 mortes diárias, Mandetta alerta a população brasileira da prevenção e de um possível pico de vitimados.

De acordo com informações, o mundo irá sofrer um pico de mortes nos próximos dias. Isso é relação do período de reação do vírus. Normalmente, o vírus demora 15 dias para se manifestar, causando problemas respiratórios, entre outros. Esse é o mesmo período onde a doença começou a ser levada a sério pelo mundo. Por isso, muitas pessoas poderão apresentar quadros mais graves nos próximos dias.