No último domingo (5), alguns apoiadores do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), desrespeitaram as medidas de isolamento e fizeram um ato em prol do Governo em frente à Fiesp (Federação das Indústrias do estado de São Paulo), que fica localizado na avenida Paulista.

Durante o ato, um dos apoiadores que dizia ser empresário e engenheiro questionou a paralisação das atividades profissionais no país. "Vem trabalhar! Quem vive em buraco é rato", argumentou o apoiador perante algumas pessoas que ali estavam.

O empresário ainda relatou que essa paralisação está afetando muitas empresas.

Identificado como Antônio Carlos Bronze, de 64 anos, o engenheiro disse que precisou mandar pouco mais de 60 funcionários embora por conta da covid-19. Durante a manifestação pacífica, ele de Bronze, outros apoiadores gritavam pedindo a normalização do país em meio a proliferação da covid-19.

Polêmicas de Jair Bolsonaro

Durante esse período de quarentena o presidente se envolveu em inúmeras polêmicas. A mais recente, foi na tarde do último domingo (5), após o chefe do executivo descumprir medida de isolamento e se reunir com alguns apoiadores na saída do Palácio do Planalto.

bolsonaro fez uma transmissão ao vivo pelas redes sociais, onde mostrava o momento. Em jejum, o chefe do executivo informou que a situação do país é bastante delicada e que qualquer aproximação com Deus é válida.

Ainda sobre a covid-19, o presidente informou que medidas de prevenção já estão sendo tomadas, mas não informou o período que a quarentena irá durar.

Durante toda a transmissão da Live, Bolsonaro manteve uma certa distância das pessoas que ali estavam, mas só no término do jejum, o presidente se aproximou de algumas pessoas e deu a mão a um homem.

Apesar de ser um gesto bastante simples, muitos internautas questionaram a posição do parlamentar em meio à proliferação do novo coronavírus.

Pelas redes sociais, muitas pessoas informaram que o presidente não estava se preocupando com a covid-19, já que estava descumprindo as medidas de isolamento impostas pelo Ministério da Saúde.

A respeito desse descumprimento de ordem, Bolsonaro informou que o país não pode parar em meio a uma pandemia, pois existem problemas mais graves, tendo como exemplo a economia do país. De acordo com ele, durante esses dias de paralisação, muitas empresas deixaram de produzir, consequentemente, o país também está deixando de faturar.

Além da reclamação por parte da população, muitos parlamentares também se posicionaram contra o atual presidente da República. Pelo Twitter, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostrou seu repúdio a Bolsonaro. Para Lula, Bolsonaro está preocupado com a economia do país ao invés do surto do vírus.