Devido à nomeação no comando da Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro, de Rolando Alexandre de Souza, no último sábado (2), o coordenador nacional do MBL (Movimento Brasil Livre), Rubens Alberto Gatti Nunes entrou com uma representação popular na 8º Vara Federal Civil do DF (Distrito Federal). A representação pede que seja suspensa imediatamente a nomeação do delegado.
A alegação do representante do MBL diz que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez a escolha baseada em seus próprios interesses “escusos”, que segundo ele se tem evidências logo depois da posse do delegado.
Foi mostrado pelo jornal Estado de S. Paulo no último sábado, que a nomeação de Rolando visava em manter ainda uma influência de Ramagem. Segundo pessoas próximas de Bolsonaro, Ramagem teve participação direta das decisões de colocar Rolando no comando da Polícia Federal carioca.
Na ação judicial, que Nunes mandou ao STF, afirmou que se deve preservar uma moralidade administrativa – que é uns dos pilares importantes dentro da Administração Pública – que segundo ele, está sendo destruída com a nomeação de Rolando como delegado da Polícia Federal e logo depois, a ação do MBL mostra que houve também imoralidade quando houve a assinatura falseada do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Também, por burlar a decisão pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, e assim, demonstrando que Bolsonaro nomeou Rolando com a finalidade de interferir em investigações dentro da PF.
Nunes pede que a nomeação seja suspensa imediatamente de Rolando em caráter liminar e no mérito, além das falas que mostram uma nulidade no ato de nomear o diretor-geral da Polícia federal.
Alexandre de Moraes deu 10 dias para Bolsonaro se explicar
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre Moraes, deu 10 dias de prazo para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se explicar a respeito da decisão do retorno do delegado da PF (Policia Federal) Alexandre Ramagem para comandar a Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
Essa decisão de Moraes teve origem em uma ação pelo partido PSB (Partido Socialista Brasileiro). Essa ação do partido tenta suspender o decreto de Bolsonaro que tinha tornado, sem efeito nenhum, a exoneração de Ramagem do seu cargo como diretor-geral da Abin colocada no diário oficial na semana passada. Nessa mesma ação, o partido alega que esse ato foi uma manobra para não ter uma nova sabatina no Senado Federal.
Ramagem teve a indicação por Bolsonaro na semana passada para assumir o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Porém, sua indicação foi barrada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes com a alegação que ele desviou da finalidade do cargo de diretor-geral da PF e da escolha do presidente de colocar uma pessoa próxima. O Governo, diante dessa decisão de Moraes, mudou a indicação e também reverteu a exoneração de Ramagem como delegado na Abin.