O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou na quinta-feira (4), durante a live que faz toda semana, que já "acertou" com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o pagamento de mais duas parcelas do auxílio emergencial de R$ 600. Porém, o presidente não revelou valores, mas adiantou que o benefício emergencial será menor do que o pago atualmente.
Bolsonaro afirmou que terá a quarta e a quinta parcela do auxílio emergencial, e que ele será menor que o valor atual de R$ 600, para justificar esta declaração, Jair Bolsonaro afirmou que existe um alto custo na manutenção deste benefício.
Segundo o mandatário, cada vez que o Governo paga o auxílio emergencial, são gastos por mês quase R$ 40 bilhões, ele argumentou que o Estado não suporta isto, o contribuinte brasileiro não aguenta, complementou ele.
O líder do Executivo na última terça-feira (2), em frente ao Palácio da Alvorada, já havia falado para seus apoiadores que estava quase acertada a quarta e a quinta parcela, de valores um pouco menores. Bolsonaro também falou que espera que os governadores entendam o que será melhor para seus estados, prosseguiu, criticando novamente as medidas de isolamento social.
Transferência de recursos do programa Bolsa Família
Nesta mesma live, Bolsonaro ainda voltou a criticar o jornal Folha de S.Paulo por causa de uma matéria que falava da realocação, por parte do governo, de quase R$ 84 milhões do Bolsa Família que serão destinados para comunicação institucional da gestão, tarefa da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social).
'Vergonha na cara'
O presidente disse que a Folha precisa ter “vergonha na cara”. Ele perguntou ainda se o periódico não irá aprender, se a Folha quer derrubar o governo, Bolsonaro ainda perguntou se a publicação quer que a baderna volte ao Brasil. As críticas foram subindo de tom até o momento que o presidente se referiu à Folha como “lixo”.
De acordo com o governo, o remanejamento da verba está relacionado com o auxílio emergencial, quem é beneficiário do Bolsa Família não pode acumular este benefício com o auxílio emergencial. Devendo escolher o que tiver o maior valor. O ministério da Economia divulgou nota em que afirmava que nenhum beneficiário do Bolsa Família havia sido prejudicado ao receber seu benefício, e com a chegada do auxílio emergencial por causa do novo coronavírus, a maior parte dos contemplados com o Bolsa Família recebeu benefícios superiores, dizia a nota.
A Junta de Execução Orçamentária (JEO) aprovou o pedido de reforço da dotação para a Secom, que foi solicitado pela Presidência da República. Estes recursos irão recompor o orçamento que foi reduzido na apreciação do Projeto de Lei Orçamentária 2020 no Congresso.