O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é alvo de 48 pedidos de impeachment. Os pedidos protocolados estão aguardando a decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sobre pautar ou não os requerimentos.

Durante encontro com apoiadores neste domingo (20), que ficou marcado pela exaltação à cloroquina, Jair Bolsonaro afirmou aos seguidores que os votos valerão até 2022, graças aos movimentos democráticos realizados por seus apoiadores que mostram que é isso que eles querem.

Ele ainda disse que guarda todos os apoiadores no coração e que acredita neles.

Durante a conversa ao lado de fora do Palácio da Alvorada, Bolsonaro também disse que renovações são naturais e que, embora esteja vivendo um bom momento com o parlamento, a mudança de presidente também é natural.

Coronavírus

Devido ao isolamento em virtude da contaminação pelo novo coronavírus, o presidente se posicionou próximo ao espelho d'água em frente ao Palácio da Alvorada. Muitos de seus seguidores estavam aglomerados em frente ao palácio sem máscaras de proteção.

No Distrito Federal, o uso de máscara de proteção é lei passível de multa, porém ela não é respeitada por parte da população.

Inquérito das fake news

Após mencionar a questão dos votos válidos até 2022, Bolsonaro comentou sobre o inquérito das fake news. O presidente diz acreditar que a proposta, que já foi aprovada no Senado, não será aprovada na Câmara.

Ele tranquilizou seus apoiadores, afirmando que não irão perder o direito de liberdade de expressão, e lembrou que foi graças à mídia livre que ele foi eleito.

Atuação dos ministros

Os ministros do Governo foram elogiados pelo presidente neste domingo. Bolsonaro afirmou que o Brasil conta com uma equipe de ministros de excelência, dando destaque ao responsável pelo Ministério da Saúde, o general Eduardo Pazuello.

De acordo com Jair Bolsonaro, Pazuello faz um ótimo trabalho e está dando super certo no cargo.

O presidente disse que, dessa forma, o futuro do Brasil está sendo construído.

Pedidos de impeachment

Até o dia 8 de junho, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, recebeu cerca de 48 pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro, segundo levantamento feito pela assessoria da Casa.

O primeiro pedido foi protocolado logo no início do mandato de Bolsonaro, em fevereiro de 2019, porém a maioria foi realizada de fevereiro até o dia atual.

Além dos pedidos de impeachment, 48 solicitações de afastamento do presidente da República foram realizadas durante a pandemia, reflexo das decisões do governo em relação ao combate ao novo coronavírus.

Rodrigo Maia evita falar sobre o assunto, porém, além dos pedidos de impeachment e de afastamento, denúncias de crimes de responsabilidade se empilham gradativamente nas gavetas do presidente da Câmara.