O Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Civil do Rio de Janiro denunciaram a deputada federal Flordelis, do PSD, por mandar assassinar o marido, Anderson do Carmo, que era pastor e foi assassinado no ano de 2019. No entanto, a deputada não pode ser presa neste momento devido ao foro privilegiado. As informações são das próprias instituições.

Além da deputada, um grupo de dez pessoas também foi denunciado por envolvimento no crime. Na manhã desta segunda-feira (24), a polícia cumpriu os mandados de prisão.

Prisões

A ação da polícia nesta manhã resultou na prisão de cinco filhos da deputada federal e também uma neta.

Os filhos são André Luiz de Oliveira, Adriano dos Santos Rodrigues, Marzy Teixeira da Silva, Carlos Ubiraci Francisco da Silva e Simone dos Santos Rodrigues. A neta de Flordelis é Rayane dos Santos Oliveira.

Lucas Cézar dos Santos de Souza e Flávio dos Santos Rodrigues, que também são filhos da deputada, já estavam presos, assim como o ex-policial militar Marcos Siqueira Costa.

Além dos familiares, Andrea Santos Maia, esposa do ex-PM Marcos, também recebeu ordem de prisão, sendo a décima pessoa denunciada por suspeita de envolvimento no crime.

Flordelis

A deputada federal é acusada por associação criminosa, homicídio triplamente qualificado, falsidade ideológica, homicídio tentado e uso de documentos falsificados.

Contudo, por ser beneficiária do foro privilegiado, a deputada Federal não foi incluída na ação realizada pela polícia nesta segunda-feira.

Os mandados de prisão foram realizados na casa de Flordelis, localizada na cidade de Niterói, Rio de Janeiro, em seu apartamento funcional no Distrito Federal e também na cidade de São Gonçalo.

Delegado

Segundo o delegado responsável pelo caso, Antônio Ricardo, o mais importante é que as prisões foram realizadas. O motivo do crime foi relatado como insatisfação pela forma com que o marido administrava sua vida pessoal e financeira. De acordo com as investigações, todas as pessoas presas estavam diretamente envolvidas com o assassinato.

No total, são onze pessoas, o que configura 20% dos familiares da deputada.

Os filhos da deputada que foram presos há mais de um ano, Lucas e Flávio, são os responsáveis pela compra da arma utilizada no crime e também por executar Anderson. Lucas teria comprado e Flávio atirado, segundo apontou a investigação à época.

As provas e indícios também mostram que a deputada foi responsável pela articulação do crime e por convencer as partes envolvidas a realizarem os respectivos papéis. O objetivo é que o assassinato fosse visto como um latrocínio (roubo seguido de morte).

Segundo a polícia, os outros familiares suspeitos de envolvimento têm participações diversas no plano, desde a elaboração, convencimento das partes, tentativas mal sucedidas de homícidio por envenenamento, entre outros.