Em entrevista para o jornal Extra, Luana Rangel Pimenta, casado com Wagner Pimenta, filho afetivo de Flordelis conhecido como Misael, afirmou que a relação com a pastora começou a ruir ainda em 2019, cerca de 30 dias após o assassinato do pastor Anderson do Carmo.

Segundo Luana, ela e o marido tiveram papel importante durante as investigações que acabam ligando Flordelis à morte de Anderson.

Ainda de acordo com Luana, em março de 2019 o pastor teria procurado o filho Wagner e sua esposa carregando um tablet junto com ele, no qual afirmou ter descoberto uma série de mensagens pedindo a sua morte.

As mensagens teriam vindo de dentro da casa, mas na época não se sabia quem da família pudesse escrever essa informações. Luana conta ainda que ela e o marido estavam desconfiados de que pudesse ser a própria Flordelis a autora. Entretanto, o pastor não acreditava nesse hipótese, alegando de que a mulher não seria capaz de ordenar a sua morte.

Flordelis ordenou o assassinato do marido

Após ouvir boatos na casa de Flordelis, Luana chegou à conclusão de que as filhas da pastora Simone e Grazy, ambas acusadas pela Polícia no envolvimento da morte de Anderson, estavam fazendo a cabeça da mãe contra o pastor, afirmando que o patrimônio da família era de Flordelis e que ela não deveria permitir que o pastor administrasse os bens da família como sempre fez.

Luana também contou que ao invés de defender o marido, Flordelis sempre ficava calada ouvindo as duas. A nora não tem dúvidas de que foram os filhos que fizeram a cabeça da pastora para executar o Anderson.

Relação entre Wagner e Flordelis piorou

Luana afirma que antes do crime sua relação com a sogra não era das melhores, mas acabou azedando de vez após o assassinato de Anderson.

Ela relata que na época gerenciava os Ministérios de Flordelis, além disso, a pastora levou-a junto para trabalhar em Brasília como sua assessora parlamentar.

Após a morte do pastor, ela e Wagner postaram no grupo da igreja no WhatsApp que estavam deixando a congregação por conta do ocorrido. Além deles, outros 400 frequentadores também deixaram o grupo.

A nora de Flordelis foi desonerada do cargo de assessora após colaborar com as investigações da Polícia, em junho de 2019. A mulher disse que ainda teme por sua segurança alegando que o casal já sofreu ameaças e tentativa de suborno por parte dos seguidores de Flordelis.

Apesar das ameaças, Luana afirmou que pretende continuar colaborando com as investigações.

Igrejas de Flordelis estão com os dias contados

Luana considera estranho o fato de Flordelis não saber o paradeiro de R$ 6 milhões, alegando que esse dinheiro sumiu das contas da igreja e que alguém desviou o montante.

Ela conta que o casal recebia um relatório quinzenal contendo todas as movimentações das igrejas e também disse que o valor era conferido por Anderson e Flordelis em reuniões particulares com o escritório de contabilidade contratado.

A nora aproveitou a ocasião para alfinetar a sogra, dizendo que ela devia estar com amnésia ao não recordar disso.

A mulher conta que durante a sua gerência as igrejas de Flordelis sempre tiveram as despesas muito altas e que hoje em dia das seis igrejas mantidas anteriormente quatro foram desativadas.

Ainda de acordo com as informações, uma das igrejas, situada em São Gonçalo, mantinha em média 2 mil frequentadores por culto, enquanto hoje esse número não passa de 200.