Segundo informações da colunista Andréia Sadi, do Globo, nos últimos dias o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, tem sido cobrado tanto por eleitores através das redes sociais, quanto parlamentares da oposição para colocar os pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em votação.

Entretanto, Maia disse que não fará isso e que esse assunto será discutido pelo próximo presidente que será eleito na eleição que acontecerá em primeiro de fevereiro.

O presidente da Câmara vem trabalhando e fazendo campanha para tentar eleger o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) que tem como principal concorrente o deputado Arthur Lira (PP-AL) que é apoiado por Bolsonaro.

O MDB, partido que Baleia Rossi faz parte, sempre demonstrou uma boa relação com o presidente, mas Maia acredita que quando Rossi for cobrado para pautar algum assunto ele atenderá, pois atuará de forma independente.

Durante um discurso para conseguir votos de parlamentares da oposição, Rossi foi questionado sobre quais decisões seriam tomadas diante das CPIs e o pedido de impeachment de Bolsonaro. Rossi respondeu que só não tomaria decisões que fossem contra a Constituição.

Maia vem sendo cobrado por todos

As reclamações e pedidos de impeachment partem de partidos de esquerda e de direita, empresários e do judiciário, os quais desconfiam que o Governo possa estar se omitindo quanto ao combate à pandemia, no tocante à vacina, e agora sobre a crise no sistema de saúde do Amazonas.

Por isso, cobram de Maia mais do que as críticas que vem fazendo contra o presidente.

Quanto ao pedido de impeachment, Maia disse que não vai colocar em pauta porque não julgaria até o fim do processo e acabaria sendo comandado pelo seu sucessor. Outro fator que o impede de pautar os pedidos de impeachment é que o Congresso está em recesso.

Para Maia, o futuro político de Bolsonaro depende de como as coisas fluíram entre os partidos, e se haverá uma forte pressão por parte da população quanto ao pedido de impeachment.

Membros do governo consideram o processo de impeachment quase impossível, no entanto já admitiram que a falta de oxigênio em Manaus prejudicou a imagem do presidente.

Assessores têm mantido contato com pessoas do meio judiciário e Maia para saber como anda o clima entre os poderes.

Segundo a jornalista Andréia Sadi, o que é mais cobrado do Palácio do Planalto é que o governo apresenta uma data para iniciar a vacinação e agora outra questão que começou a ser cobrada é sobre a situação em Manaus.

Diante da situação, o governo prevê que se não for apresentada uma solução rápida para as questões, as pessoas vão começar a manifestar indignação por todo país.

Na noite da última sexta-feira (15), foi registrado o chamado “panelaço” como uma maneira de manifestar a insatisfação contra a atuação do governo diante do combate à pandemia, especificamente pela crise em Manaus.