O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou a formação de bloco entre o PT (Partido dos Trabalhadores) e o DEM (Democratas) com a intenção de eleger o candidato a presidente da Câmara dos Deputados, Baleia Rossi (MDB).

Durante um bate-papo com os apoiadores, que sempre o esperam na saída do Alvorada, Bolsonaro disse nesta última sexta-feira (8) que ficou surpreso com a formação de união entre os partidos, pois Rodrigo Maia sempre demonstrou desafeto pelo PT.

Bolsonaro disse também que a aliança estabelecida entre os partidos têm como objetivo controlar o poder dentro da Casa.

Na ocasião o presidente disse que Maia, em 2016, quando ocorreu o processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff, votou de maneira contundente e convicta de que o PT não deveria governar o Brasil. Ele relembrou também que o PT já criou barreiras para dificultar o mandato do pai de Maia, Cesar Maia, que na época era prefeito do Rio de Janeiro e hoje estão do mesmo lado para eleger o candidato Baleia.

Para finalizar o discurso, em tom de ironia, Bolsonaro disse que água e óleo se misturam, mas no caso da aliança entre Maia e o PT se tratam da mesma coisa por serem parecidos. "Se bem que acho que ali não é água e óleo não, são duas coisas muito parecidas", disse.

O candidato escolhido pelo bloco de Maia, Baleia Rossi é o principal adversário do candidato apoiado por Bolsonaro Arthur Lira (PP-AL).

Durante a conversa com seus simpatizantes, Bolsonaro disse que vai entregar o país em condições melhores do que recebeu, mas para isso realmente acontecer é preciso que apareça uma liderança que esteja disposta a lhe ajudar.

O presidente afirmou que os candidatos para o cargo de presidente da Câmara têm praticamente o mesmo perfil e que apenas um se diferencia dos demais.

E se por caso esse candidato não conseguir se eleger, para ele não haverá uma nova liderança na Casa.

Rodrigo Pachaco recebe apoio de partidos no Senado

Mais um partido decide apoiar Rodrigo Pacheco (DEM-MG) que se lançou candidato a presidência do Senado. Pacheco já vem recebendo o apoio de Davi Alcolumbre (DEM-AP) e também partido DEM, PSD, Pros.

Na quinta-feira, quem também anunciou apoio ao senador foi o Republicanos, que acumula mais 22 votos para Pacheco.

Ao declarar apoio para Pacheco, o representante do partido no Senado, Mecias de Jesus disse que ele e seus aliados conseguem ver o candidato para ocupar o cargo e administrar a Casa. Mecias disse acreditar também que Pacheco irá manter a coerência como sempre tem feito e que o mesmo é um respeitador da Constituição.

As eleições para o Senado e Câmara dos Deputados estão previstas para acontecerem no primeiro dia do mês de fevereiro. O candidato para ser eleito o novo presidente precisa de 41 votos dos 81, no caso dos candidatos para o Senado, e para Câmara dos Deputados o candidato precisa de 257 votos dos 513.

A votação será secreta o que dar chances para qualquer parlamentar mudar de opinião quanto aos candidatos na hora da votação.

Na última terça-feira (5) quem declarou apoio a Pacheco foi o PSD que disse apoiar o candidato por ver nele um presidente que possui todas as características para comandar o Senado nos próximos dois anos.