O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer o porquê de não conceder uma nova prorrogação do auxílio emergencial para os brasileiros. As declarações foram dadas durante o evento Latin America Investment Conference, organizado pelo banco suíço de investimentos Credit Suisse.

Bolsonaro estava acompanhado dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

O mandatário disse que algumas ações feitas pelo Governo durante o enfrentamento da pandemia não podem se tornar gastos permanentes.

Dentre estas ações está o auxílio emergencial, que foi criado para ajudar principalmente os trabalhadores informais e os que fazem parte do CadÚnico, que foram os mais afetados pela crise causada pelo coronavírus.

Existe uma parte de políticos que apoia e pressiona para que o benefício volte a ser pago à população, pois, segundo os parlamentares, uma parte dos beneficiados dependia desta renda para sobreviver.

Bolsonaro diz que auxílio não é aposentadoria

Bolsonaro só reforçou o que já havia dito esta semana a simpatizantes em frente ao Palácio da Alvorada ao ser questionado sobre a prorrogação do auxílio. Ele disse que não vai estender o benefício e que trataria do assunto com Paulo Guedes, e não com quem estava o questionando. Em seguida disse que o significado da palavra emergencial já dizia tudo, e que o benefício não era uma aposentadoria.

O presidente disse saber que muitas pessoas estão passando por dificuldades diante da pandemia, mas não poderia fazer mais nada, pois o país já acumulou muitas dívidas.

Bolsonaro quer o Brasil no grupo de países mais ricos do mundo

A chance de o governo vir a romper as regras sobre o teto de gastos faz com que os investidores fiquem com um pé atrás quanto a investir ou não no Brasil no momento.

Economistas especulam que uma quebra deste limite causaria uma retirada em massa por parte de investidores que possuem fundos aplicados no Brasil.

O presidente tentou passar uma imagem de que a situação econômica do Brasil está se recuperando bem e que 2020 foi desafiador não só para o seu governo, mas para todos os governos.

Bolsonaro disse que está otimista para 2021 em relação à projeção econômica, que, segundo ele, pode apresentar resultados positivos.

Durante o evento, o presidente ressaltou que o governo está aberto para discutir e receber investidores por meio de um projeto chamado PPI (Programa de Parcerias e Investimentos).

O presidente falou também sobre os planos do governo quanto a política externa brasileira que visa uma vaga para entrar no grupo da OCDE que é formado por países ricos.