O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rebateu as críticas contra ele e de forma indireta a declaração feita pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, que disse que o pedido de impeachment contra Bolsonaro pode ganhar as ruas após a vacinação.
Enquanto saía do Palácio da Alvorada, o presidente disse para seus simpatizantes que só Deus lhe tira do cargo de presidente do Brasil.
Ele disse também que vão ter que lhe aturar até o fim de seu mandato, pois tem muita paciência para enfrentar problemas como este, e voltou a afirmar que ninguém o tira da presidência. "Então, vão ter que aturar. Só papai do céu me tira daqui. mais ninguém”, disse o presidente.
Como defesa para as críticas que vem sofrendo por conta da forma de governar, Bolsonaro disse que não se pode agradar a todos, mas que tem feito o possível para construir novas obras, pois, segundo ele, está limitado por conta do teto de gastos.
Bolsonaro disse que não vai existir um presidente que possa agradar a todos, mas é possível fazer comparações entre os governos para saber qual governou melhor.
Ele defende seu Governo dizendo que desde que assumiu o cargo não apareceram mais casos de corrupção.
Bolsonaro diz que o Brasil está super endividado
Em outro trecho da conversa ele disse que está limitado porque o Brasil já tem muita dívida, que somada chega a R$ 5 trilhões, então disse em tom de ironia que os cofres públicos estão uma maravilha, pois é isso que algumas pessoas querem que ele diga.
Para finalizar seu discurso ele perguntou para os apoiadores se o país está bem mesmo como muitos pensam.
Bolsonaro falou também sobre a classificação do Brasil no ranking mundial do número de mortos por coronavírus por milhão. Ele disse que o país ocupava a quinta posição e depois caiu para a vigésima quarta.
Para o presidente este resultado se deu pelo tratamento precoce da doença e afirmou que nenhuma pessoa é obrigada a tomar a vacina.
Bolsonaro disse que se alguém apresentar sintomas como a faltar de ar que pode ir até um hospital público e ser tratado sem burocracia nenhuma com Annita, ivermectina e cloroquina, defendidos por ele na fase inicial da doença, mas que não possuem comprovação científica de eficácia.
Pedidos de impeachment contra Bolsonaro
Presidente da OAB, Felipe Santa Cruz disse em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que o impeachment de Bolsonaro vem sendo discutido pela instituição e acredita que assim que o povo estiver vacinado, os que desejam a saída de Bolsonaro irão para as ruas fazer protestos.
Segundo Santa Cruz, as denúncias de responsabilidade contra o presidente são graves.
Sobre os pedidos de impeachment na Câmara dos Deputados, eles seguem parados na mesa do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que já foi cobrado no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto.
Outra questão que pesa para Bolsonaro é a acusação feita pelo ex-ministro Sergio Moro quanto à suposta interferência do presidente na Polícia Federal, acusação feita em ocasião da saída de Moro da pasta da Justiça e Segurança Pública.