Durante o programa “Encontro”, Fátima Bernardes e a jornalista Michelle Loreto ironizaram a fala do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre o início da imunização no Brasil contra o coronavírus.
Pazuello disse que pretende começar a campanha de vacinação até quatro dias após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar a vacina produzida pela Oxford ou pelo Instituto Butantan.
A fala ironizada no programa foi: "vai começar no dia D e na hora H". A frase foi dita pelo ministro enquanto explanava suas expectativas sobre o dia da vacinação.
Após alguns minutos de conversa falando sobre o assunto, Loreto disse para Fátima que desejaria retornar com a notícia que o Brasil já tinha uma vacina em uso.
De forma irônica a apresentadora indagou à jornalista se esse seria ”o dia D” que o ministro se referia, quando disse que estava esperando a aprovação da Anvisa.
A jornalista também seguiu o mesmo curso da ironia e ressaltou que estava esperando a chegada do “dia D, da hora H e do mês M”. Em seguida elas riram com o papo e se despediram. A apresentadora então comentou sobre as próximas atrações do programa e pediu uma rodada de comerciais.
Governo liberou R$ 2 bilhões para compra de vacinas
Até o momento o Governo federal não disse qual será o dia que começará a imunização contra a Covid-19, no entanto, já foi assinada uma Medida Provisória que repassará R$ 2 bilhões para serem usados durante a campanha de vacinação.
O governo segue em negociação com as fabricantes de imunizantes contra o coronavírus, mas algumas estão aguardando a aprovação da Anvisa, como é o caso da CoronaVac, desenvolvida através de uma parceria entre a chinesa Sinovac e o Instituto Butantan. O governo de São Paulo pretende vacinar a população paulista com esta vacina.
Documentos já foram enviados para o órgão competente, que ainda está analisando os papéis.
Bolsonaro é cobrado, mas diz que não age sob pressão
O governo vem sendo cobrado por muitas pessoas sobre quando começará a vacinação. Um dos exemplos é o ex-ministro Sergio Moro, que antes era aliado ao governo e acabou se tornando um desafeto por conta de desavenças durante sua estadia no cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública.
Moro usou as redes sociais para dizer que os países vizinhos já haviam começado a imunizar seus habitantes e questionou quando iria começar no Brasil. Em outro trecho ele questionou se havia ainda presidente em Brasília, fazendo referência a Jair Bolsonaro (sem partido).
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que esta demora por parte de Bolsonaro em começar a imunização no país poderia resultar em um impeachment contra o presidente.
Quanto a essas e outras críticas neste sentido, Bolsonaro disse que não adianta fazerem pressão contra, pois ele não se importava com as ofensas e nem iria fazer algo sob pressão. Segundo ele, esse é um assunto muito sério e não pode sair aplicando qualquer coisa nas pessoas.