A derrota do Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com a aprovação da CoronaVac e o início da imunização no país fez com que o assunto impeachment passasse a ser discutido até mesmo por parlamentares do chamado centrão. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

O jornal realizou uma pesquisa informal para saber a opinião de alguns parlamentares que fazem parte do centrão sobre impeachment. Segundo a Folha, aquela calmaria que se estabeleceu logo após a prisão de Fabrício Queiroz em 18 de junho de 2020 passou e uma tempestade voltou a pairar sobre o governo.

Em meio à sua aliança com o centrão, Bolsonaro tenta eleger um novo presidente da Câmara dos Deputados que seja a favor do governo. O candidato que vem sendo apoiado por Bolsonaro é Arthur Lira (PP-AL), que disputa com o candidato apoiado pelo atual presidente da Casa, Rodriga Maia (DEM-RJ), o deputado Baleia Rossi (DEM), que já falou sobre a possibilidade de pautar um pedido de impeachment contra o presidente.

Para Bolsonaro, Lira poderia impedir que um pedido de impeachment vá para a frente na Câmara, mas segundo a Folha, existem alguns líderes do centrão que estão se baseando da insatisfação do povo sobre o governo e, caso aumente essa insatisfação, um impeachment contra Bolsonaro fica cada vez mais possível.

Outras declarações do presidente

Na manhã desta terça-feira (19), Bolsonaro disse para um grupo de pessoas que aguardava sua saída no Palácio do Alvorada que reconhecia que ele não é "um excelente presidente". Bolsonaro disse também que tem muitos brasileiros "querendo voltar o que eram os anteriores".

O presidente também disse que os governos socialistas sucatearam os militares ao longo de 20 anos, os quais, segundo ele, são o último obstáculo para se instalar uma ditadura socialista no Brasil.

Em seguida afirmou que quem decide se o Brasil vive em uma democracia ou ditadura são as Forças Armadas.

Em outro trecho da declaração, Bolsonaro disse que vai continuar no poder para defender as famílias conservadoras.

Bolsonaro tem sofrido vários pedidos de impeachment nos últimos dias que ocorreram depois que uma crise sanitária se deu em Manaus por falta principalmente de oxigênio, insumo vital para tratar as pessoas contaminadas pelo coronavírus.