Os líderes do Governo Ricardo Barros (PP-PR), Eduardo Gomes (MDB-TO) e Fernando Bezerra (MDB-PE) realizaram na última quarta-feira (3) uma reunião com os ministros Paulo Guedes (Economia) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria do Governo) para discutir as pautas que o governo pretende aprovar neste ano no Congresso. Durante o encontro, os líderes cobraram de Guedes e Ramos uma solução para o fim do auxílio emergencial. As informações são da coluna de Carla Araújo, do portal UOL.

O encontro foi registrado por Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, que publicou uma foto em seu perfil nas redes sociais.

Volta do auxílio

Durante o almoço, os líderes cobraram do governo uma solução rápida para o fim do auxílio emergencial. Segundo eles, o benefício influencia na popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vem caindo devido à atuação do governo durante a pandemia. Dentre os episódios que prejudicaram a imagem de Bolsonaro está o colapso no sistema de saúde em Manaus, que por falta de oxigênio acabou resultando em um grande número de mortes de pacientes que estavam sendo tratados por conta do coronavírus.

Os líderes argumentam ainda que alguns brasileiros continuam sendo prejudicados por conta da pandemia e necessitam de uma ajuda por parte do governo para atravessar a crise.

Guedes apresenta condições para aprovar auxílio emergencial

Sobre o assunto, Guedes disse que pode até liberar o benefício, mas tem algumas condições. O ministro pediu garantia quanto ao andamento de reformas, bem como a extinção de reajustes dentro do Orçamento, dentre outras exigências, com o intuito de reduzir os gastos públicos.

Outra condição oferecida por Guedes para liberar o benefício é que haja uma discussão para se chegar a um acordo sobre a taxação de carros e barcos de luxo.

De imediato houve um acordo entre os parlamentares que qualquer alternativa que fosse apresentar teria que estar dentro dos limites do teto de gastos.

Outra questão que foi discutida é sobre o número de pessoas que serão alcançadas pela nova prorrogação do auxílio, pois algumas regras irão mudar.

Contudo, qualquer decisão só deve ocorrer após a nomeação de um novo ministro da Cidadania. Quem ocupa a pasta atualmente é o ministro Onyx Lorenzoni, que deixará o cargo para comandar a Secretaria-Geral do governo. Segundo informações do UOL, a pasta foi negociada com o centrão durante a eleição da Câmara dos Deputados e firmado um acordo para que seja entregue ao Republicanos.

Os três cotados para assumir o Ministério da Cidadania são os deputados Jhonatan de Jesus (RR), João Roma (BA) e Márcio Marinho (BA).