O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) segue preso na superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio de janeiro. Na quarta-feira (17) ele foi visitado por deputados das bancadas federal e estadual do PSL, como a deputada federal Major Fabiana.
Silveira está em uma sala no alojamento de agentes da PF. Parlamentares e advogados que foram visitar o parlamentar tiveram acesso à sala que serve como prisão. O deputado não está usando algemas e lhe é permitido se alimentar com o que é levado pelos seus advogados.
Na madrugada da quarta-feira (17) ele comeu pizza na janta e no almoço a refeição foi arroz, feijão, bife e batatas fritas.
Daniel Silveira está sem seu celular, porém sua assessoria continua realizando postagens usando seu nome nas redes sociais.
Discussão no IML
Antes de sua chegada à PF, o deputado apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teve uma discussão com uma funcionária do IML (Instituto Médico Legal) que exigiu do parlamentar o uso de máscara de proteção. Em imagens, pode ser visto que depois da discussão, Silveira usou o acessório de proteção, porém com o nariz descoberto.
A defesa de Silveira alegou que ele sofre de um problema de saúde que o libera do uso de máscara e que ele está amparado por um laudo médico, porém, a defesa de Daniel Silveira não informou que doença seria essa e também não foi apresentado o documento.
Marielle Franco
Após troca de provocações, um homem que estava carregando uma placa com o nome da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em 2018, foi agredido por apoiadores do deputado federal. O homem, vestido com a camisa do Brasil, teve a placa arrancada de suas mãos e atirada para longe. Ele correu atrás da placa, porém foi agredido e chutado no chão, e acabou levando uma gravata.
Outros manifestantes, também apoiadores de Daniel Silveira, apartaram a briga. O homem que estava protestando contra o deputado bolsonarista tinha um dos pés enfaixados e estava de muleta.
Profissionais da imprensa que estavam cobrindo a presença de autoridades na Superintendência da PF também passaram por momentos de tensão.
Repórteres e cinegrafistas foram hostilizados por apoiadores de Silveira, que gritavam palavras de ordem e ofenderam parte dos jornalistas durante e após as entradas ao vivo. Uma das jornalistas teve até que ser acompanhada por agentes da PF até o carro da reportagem. Ela estava sendo insultada de “imunda” e “mentirosa”.
Defesa
André Rios, Advogado de Daniel Silveira, afirmou que confia que a Câmara dos Deputados irá autorizar a saída de seu cliente e que a situação de Silveira pode abrir um precedente perigoso. Rios afirmou que em seu entender, a prisão de seu cliente foi totalmente ilegal, tratando-se de “um capítulo nefasto da história do Brasil e do nosso ordenamento jurídico”.