Segundo informações da colunista Thaís Oyama, do portal UOL, pessoas próximas à família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já chegaram a dizer que o presidente não gosta muito de se exibir com riquezas e luxos que o dinheiro pode oferecer. As declarações sobre o estilo de vida de Bolsonaro, de acordo com a colunista, sempre foram de que ele é uma pessoa que gosta de economizar dinheiro e que às vezes, durante as campanhas que realizava em outras cidades, chegava até a dormir no carro para poupar o dinheiro do hotel.
Sobre o estilo de vida dos filhos do presidente, ainda segundo Oyama, essas pessoas próximas ao clã Bolsonaro costumam dizer que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sempre gostou mais de se divertir do que enriquecer, que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) demonstra mais preocupação em resolver problemas reais do acumular dinheiro, e que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) sempre gostou de conforto.
Flávio compra mansão
Filho 01 do presidente, Flávio Bolsonaro comprou nesta última semana uma mansão avaliada em R$ 5,97 milhões, no Lago Sul, bairro mais nobre de Brasília. A mansão tem 1.100 metros quadrados de área construída em um terreno de 2.500 metros quadrados.
Flávio Bolsonaro faz parte do grupo de investigado pela Justiça no caso das supostas “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A prática consiste na devolução de parte dos salários dos funcionários para o patrão e se enquadra como Corrupção e desvio de dinheiro público.
O caso envolvendo o senador tem atingido de forma indireta o presidente, que já falou que se qualquer um de seus filhos errar, terão que pagar por seus atos.
Flávio é acusado na Justiça de comprar imóveis para lavar o dinheiro que foi desviado da Alesp, mas até o momento não tem nada comprovado contra o senador, que sempre negou as acusações. O número de imóveis comprados pelo senador chega a 19 durante 16 anos.
Militares pedem para o governo ficar de fora
Segundo a colunista, os militares, assim que ficaram sabendo da notícia da compra da mansão de Flávio Bolsonaro, ficaram sem querer acreditar, mas depois demonstraram uma revolta e medo do caso afetar mais uma vez o governo.
Os militares teriam dito que o governo tem de ficar de fora dessa história e que Flávio deve se explicar sozinho. Para alguns assessores do presidente, Bolsonaro deveria repudiar a atitude do filho.
Na época em que foi aberto o inquérito para investigar o caso das “rachadinhas” contra o senador, Bolsonaro disse que se a Justiça provasse algo contra Flávio, que ele só poderia lamentar como pai, mas seu filho teria que pagar pelo que fez, pois não é algo aceitável.