Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, responderá a processos movidos por dois policiais do Congresso americano. Os agentes alegam que Trump teria sido incentivador da invasão ao Capitólio, ocorrida no último dia 6 de janeiro, e que o ataque teria causado neles "ferimentos físicos e psicológicos".
O processo, aberto na terça-feira (30) pelos policiais James Blassingame e Sidney Hemby, pede ainda ao ex-presidente uma indenização no valor de US$ 75 mil, como compensação por danos sofridos durante a ação dos invasores.
Apoiadores de Trump rejeitaram o resultado das eleições
O episódio ocorreu quando um grupo que apoiava Trump invadiu o Capitólio –sede do Legislativo federal americano– no dia em que o democrata Joe Biden seria oficialmente reconhecido como o vencedor das eleições presidenciais de 2020.
O objetivo dos invasores era impedir a certificação da vitória de Biden. O tumulto causado por manifestantes que não aceitavam o resultado das urnas resultou em cinco mortes, entre elas a de um policial. Além das vítimas fatais, a invasão deixou um saldo de várias pessoas feridas.
Donald Trump se nega a aceitar derrota
Desde que as eleições terminaram, o ex-presidente americano se recusou a admitir que foi derrotado nas urnas e manteve sempre em suas declarações um discurso de que as eleições foram fraudadas.
Por causa dessas acusações de fraude, os votos tiveram que passar por recontagens, que só confirmaram a vitória do democrata Joe Biden.
A posição de Donald Trump em relação às eleições e suas falas fizeram com que muitos daqueles que o apoiavam acreditassem na suposta fraude eleitoral. Os manifestantes invadiram o Congresso após o então presidente Donald Trump fazer uma manifestação que incentivava os seus apoiadores a se dirigirem até o local.
E é por essa atitude que Trump está sendo processado, sob a alegação de que ele teria promovido, incentivado e insuflado os invasores.
Policiais americanos processam Donald Trump
James Blassingame, um dos policiais feridos e que está movendo o processo contra Trump, está há 17 anos exercendo sua função no Capitólio. Ele alega que, além de ferimentos físicos, como lesões na cabeça e nas costas, sofreu ataques raciais dos apoiadores do ex-chefe de estado americano.
Blassingame também afirma que apresentou sequelas psicológicas após o ataque à sede do parlamento.
O segundo policial ferido e que espera reparação por danos sofridos durante o ataque é Sidney Hemby, que já trabalha há 11 anos como policial na sede do Congresso americano. O agente está processando o republicano por ter sofrido lesões nas mãos e nos joelhos, que teriam acontecido quando teve seu corpo preso nas portas, durante o tumulto. Hemby também alega que produtos químicos usados por manifestantes atingiram seu corpo e rosto.