O comércio é um grande propulsor tanto da economia quanto da criação de postos de trabalho e não será exceção neste ano de que é um setor que alimenta as esperanças de muitos brasileiros que se encontram em situação crítica de vida. Seja para o desempregado, o recém-demitido ou para os que necessitam de um segundo emprego para saírem do endividamento, o momento do fim do ano é uma oportunidade muito bem-vinda para se livrar de problemas, quaisquer que sejam.
Estimativa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), acredita-se que em todo o Brasil serão criadas até 262 mil Vagas temporárias em 2023, o qual já se encontra em turno de despedida. O número é otimista mesmo, pois representa um acréscimo de 8,14% na quantidade de postos temporários criados no ano passado.
Além disso, essa quantidade projetada significa a melhor desde 2014; ou seja, quase uma década depois, o emprego apresenta fôlego e mostra sinais vitais mais pulsantes. Naquele ano de 2014, foram geradas 299,7 mil vagas.
Onde estão?
O setor do comércio é o que demandará mais com a abertura de 173 mil postos; a segunda colocação ficará por conta de restaurantes, hotéis e pousadas, totalizando 63 mil vagas.
Em seguida, vem o setor de transportes, disponibilizando 17 mil empregos e, finalmente, a área cultural e demais setores deverão oferecer cerca de 7.500 vagas temporárias.
Em termos regionais, o estado de São Paulo será o responsável pela maioria da criação dos empregos temporários, com 81 mil postos ofertados. Atrás dos paulistas, estão Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná. O número de vagas gira em torno de 30 mil, 20 mil e 16 mil respectivamente.
Indo para o que interessa em relação ao dinheiro no bolso, a estimativa prevê o ganho médio salarial de R$ 1.800,00, representando um aumento de 6,1% da renda em relação a 2022.
Fazendo-se os cálculos no papel, esse valor médio pode ganhar cerca de 2% de aumento real (isto é, que não corrói o poder de compra do assalariado), uma vez que a inflação medida está na casa dos 4,5%.
É um dado que também aponta para o otimismo.
É preciso que cada um faça a sua parte
Os jovens de 18 a 24 anos de idade podem disputar uma das 88 mil vagas dedicadas para essa faixa etária. Mas, quem está dentro do intervalo dos 30 aos 39 anos pode-se considerar esperançoso, pois existem 72 mil vagas aguardando alguém com essa característica.
A concentração dos postos temporários está na área de Vendas, principalmente em lojas e mercados. Auxiliares administrativos e os que lidam ou se interessam por postos abertos na área de manutenção predial estão sendo requisitados
É bom frisar que nem toda vaga temporária se transforma em efetiva: tudo depende da perspectiva para o ano de 2024. Não significa que todas elas não garantam o registro definitivo da carteira de trabalho.
Empresários consultados dão uma pista ao dizerem que estão com boas expectativas para o ano que vem. Eles creem que cerca de 12% das vagas criadas agora nesse período final devam se transformar em postos efetivos.
Uma pequena amostra
Diminuindo um pouco o raio de ação sobre o panorama do mercado de trabalho, a Fecomércio do Distrito Federal (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) confirma o sinal positivo dos empresários na melhora das vendas; estes últimos expressam um gesto de confiança generalizada. Cerca de 50,5% dos comerciários declararam que pretendem contratar funcionários. Isso incluiria o evento da Black Friday e as Festas de Fim de Ano.
A tendência é de que o comércio brasiliense abra em torno de 4.300 postos de trabalho.
A possibilidade de efetivação do funcionário é um passo citado por 70% dos comerciantes. Mas, José Aparecido Freire, presidente da Fecomércio-DF, dá dicas importantes para que o sonho se torne realidade: aspectos como responsabilidade, conduta ética, cordialidade, pontualidade, respeito, bom ouvinte e assiduidade são bem-vistos pelos empregadores.
José Aparecido finaliza a conjuntura atual brasileira com a reafirmação do otimismo no setor do comércio. Ele faz o balanço de “que esses números positivos refletem o atual momento da economia, com registro de queda na inflação, aumento no nível de empregabilidade e reajustes concedidos aos trabalhadores do setor público e privado.”