O ator venezuelano Guillermo Garcia usou suas redes sociais para criticar o colega de profissão Wagner Moura, o ator brasileiro que ficou eternizado com o polêmico personagem Capitão Nascimento da franquia Tropa de Elite, um policial do tropa de elite da Polícia Militar do Rio de Janeiro, o BOPE (Batalhão de Operações Especiais).

Quem é Guillermo Garcia

Se no Brasil o ator de 36 anos é um desconhecido, o mesmo não acontece em seu país de origem. Guillermo Garcia é famoso na Venezuela por seu trabalho tanto em novelas quanto no Cinema daquele país.

Ele tem no currículo as produções: "Azul não tão rosa" (2012) e "A casa do fim dos tempos" (2013).

Para Guillermo, o ator brasileiro, que completou 44 anos no último sábado (27), não deveria participar de produções que tivesse de falar em outras línguas. O venezuelano afirmou que não suporta ver o brasileiro fazendo papéis de um colombiano ou cubano, pois não se entende nada do que Moura diz, criticou Garcia.

Humildade

Na opinião de Guillermo Garcia, é preciso que os atores sejam humildes e reconheçam os personagens que não podem interpretar, pois se deve ser respeitoso com o nome do personagem. Ele ainda afirmou que deseja que outro ator faça justiça e beneficie a história do personagem.

Se por um lado o ator da Venezuela não gosta do sotaque de Moura em outras línguas, ele ainda afirmou que achava que o brasileiro era um dos maiores atores do mundo, desde que falando em português, somente em português, destacou Garcia.

Após as críticas, Guillermo apagou sua postagem.

Carreira internacional

Como se sabe, Wagner Moura tem se dedicado a uma carreira fora do Brasil. O ator atualmente mora nos Estados Unidos e tem sido visto em várias obras em que atua ora em inglês, ora em espanhol. Moura deu vida ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar na série “Narcos”, da Netflix.

Em 2020 ele esteve em outras duas produções da gigante do streaming: "Sergio" e "Wasp Network: Rede de Espiões".

"Sergio" conta a história real do diplomata brasileiro Sergio Vieira de Mello –apesar de o protagonista ser brasileiro, o personagem passa quase a totalidade da produção falando em inglês.

Em "Wasp Network: Rede de Espiões", o ator dá vida a um cubano.

No longa-metragem, também inspirado em uma história real, ele alterna entre o idioma espanhol e o inglês. Em 2013, o artista já havia feito o filme “Elysium", em que tinha que falar somente em inglês.

Não é a primeira vez que o brasileiro recebe críticas por seu sotaque em outra língua. Em 2015 ele já havia sido criticado pelo seu espanhol em “Narcos”. Os fãs hispânicos da produção do também brasileiro José Padilha repararam no espanhol carregado de Moura.