Emerson Mereles estava dirigindo uma caminhonete em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, região que faz fronteira com o Paraguai. Na última segunda-feira (18) ele foi vítima de um atentado. O homem que estava na caminhonete juntamente com ele morreu antes mesmo de chegar a ajuda ao local.

Nesta terça-feira (19), Emerson foi submetido a uma cirurgia. Os médicos teriam retirado o total de 9 projéteis de fuzil que estavam alojadas no corpo do jovem de apenas 26 anos.

O último boletim médico relata que Emerson se encontra estável e no momento está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Ponta Porã.

Como aconteceu o atentado

Na noite desta segunda-feira (18) o jovem de apenas 26 anos estava andando com a camionete blindada pela avenida Brasil, em Ponta Porã. O veículo sofreu uma emboscada e recebeu cerca de 60 tiros de fuzil. Emerson foi atingido por 9 disparos, mas conseguiu sobreviver. Já Henrique Fernandes, de 27 anos, que estava sentado no banco de passageiros, foi alvejado e morreu antes que o socorro chegasse. Tanto Emerson quanto Henrique possuem nacionalidade paraguaia.

Informações passadas pela Polícia relatam que Henrique já teria trabalhado para o “Senhor das Drogas”, o narcotraficante Jarvis Pavão que foi extraditado para o Brasil depois de ter sido preso no Paraguai. Henrique exercia a função de piloto de avião para Jarvis.

Alcides Braun, delegado responsável pela investigação do caso, disse que Henrique era o alvo principal dos atiradores. O lado que ele estava foi o que recebeu a maior quantidade de disparos, o que resultou no fato de ele ter sido atingido por uma quantidade maior de tiros. O Delegado disse ainda que os atiradores tiveram a oportunidade de matar Emerson, que era quem dirigia a caminhonete, porém não fizeram isso.

A luta pela sobrevivência

Mesmo depois de ter sido atingido por 9 tiros de fuzil, Emerson conseguiu pedir socorro por telefone para um parente, Marcio seria nome, ao qual relatou o ocorrido.

Logo após o ataque, os atiradores atearam fogo no carro que foi utilizado para a execução do crime na fronteira entre Brasil e Paraguai. De acordo com a polícia, é provável que o crime tenha relação com disputa pelo controle do tráfico naquela região, “guerra” que já resultou em aproximadamente 30 mortos.