Segundo informações do jornal Extra, Maria Edna do Carmo, mãe do pastor Anderson do Carmo, assassinado há dois meses, contou em depoimento à polícia que ouviu boatos de que o filho estaria mantendo um Relacionamento extraconjugal com uma das filhas biológicas de Flordelis.

De acordo com Edna, o mesmo fiel da igreja do casal que relatou o rumor a ela questionou se o pastor e a parlamentar estavam se separando. A Polícia Civil da Baixada Fluminense, responsável por investigar o caso, ainda não se manifestou sobre o assunto e as investigações ocorrem sobre segredo de Justiça.

Ainda de acordo com o depoimento da mãe do pastor, Anderson teve um caso com Simone dos Santos, de 35 anos, ainda na adolescência, antes de namorar com Flordelis. A sogra da deputada federal conta também que Flordelis sempre foi muito próxima à família, inclusive a deputada acompanhou a gravidez da mãe de Anderson e a infância do pastor morto.

O relacionamento entre o casal começou em 1991, quando Anderson tinha 14 anos e Flordelis, 30. Na época, o jovem se encantou com a mulher, principalmente porque ela realizava trabalhos sociais que retirava adolescentes das ruas na favela do Jacarezinho, zona norte carioca.

Remédios, fogueira e celular

Maria Edna relatou que tinha conhecimento do que se passava no interior da casa de Flordelis, onde o seu filho foi assassinado.

Para os investigadores, a mulher disse que mantinha contato com um dos filhos de Anderson. O neto relatou para Edna que a deputada ordenou que uma pessoa de sua confiança colocasse remédio na bebida e na comida de Anderson.

Durante as investigações sobre o assassinato, a Rede Globo publicou uma reportagem sobre o assunto. Em entrevista para a emissora, a parlamentar disse o seguinte: ''tenho uma moça que me ajuda em casa.

Nada disso era feito às escondidas, sempre publicamente. E todos os exames do meu esposo estão lá, muito recentes".

Ainda de acordo com a entrevista, Flordelis desmentiu a informação de que uma fogueira teria sido feita no interior da residência para queimar os pertences do pastor e destruir provas. Naquele momento, a mulher disse que a fogueira foi utilizada para queimar uma vegetação que estava muito alta.

Depoimento de Lucas

Após ser preso e indiciado como cúmplice no planejamento da morte do pastor Anderson, Lucas disse em depoimento que, além dele, outros irmãos também estão envolvidos no homicídio. O réu confesso disse que dois meses antes do crime recebeu em seu celular mensagens que pediam para que ele matasse o pastor. Segundo informações, as mensagens vinham do celular de Flordelis, que era usado por outras pessoas da casa também.

Lucas também contou que dias antes das mensagens uma irmã adotiva lhe procurou oferecendo R$ 5 mil para que ele assassinasse o pai. A jovem lhe contou que ninguém mais estava suportando o pai naquela casa. Na época, Lucas disse que não iria fazer isso, pois Anderson lhe dava tudo que precisava. Em entrevista ao Extra, a equipe de investigação responsável pelo caso não confirmou a veracidade dos depoimentos e reforçou que o caso está sendo investigado em sigilo.