Uma confusão foi gerada com voluntários na tarde deste último domingo (12), na Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba, durante uma ação voluntária que tinha o intuito de entregar marmitas no local para moradores que se encontravam em situação de rua.

Com intuito de ajudar quem precisava se alimentar, os voluntários acabaram gerando aglomeração na praça, sendo atitude proibida pelo Ministério da Saúde, tendo em vista que o vírus pode se proliferar mais rápido, atingindo novas pessoas.

A Guarda Municipal que ali estava percebeu a aglomeração se formando, quando uma equipe da Polícia Militar se aproximou para orientar os voluntários, mas acabou ocorrendo uma certa confusão.

Balas de borrachas foram usadas para dispersar os voluntários. Apesar Da confusão, nenhum voluntário ou pessoas que ali estavam para receber os alimentos foi atingido. Um homem de 39 anos, segundo a guarda, tentou agredir um dos agentes.

De acordo com informações, ele tinha mandado de prisão em aberto pelo crime de furto e foi encaminhado à delegacia de polícia da região.

Apesar da atitude tomada pelos guardas municipais em apoio a Polícia Militar ter recomendações legais por parte do Ministério da Saúde, pelas redes sociais, muitas pessoas questionaram tal ação. Pelo fato de se tratar de um ao solidário, muitos internautas informaram que eles deveriam ter sido retirados do local de uma outra forma, já que todos que ali estavam tinham a intenção de ajudar quem estava passando fome por conta da proliferação das atividades profissionais em decorrência do avanço do novo coronavírus.

Atitude solidária

Desde o inicio da quarentena, muitas pessoas se propuseram de forma solidária a ajudar quem precisava de alimentos nas regiões de Belo Horizonte. Por se tratar de um dia de Páscoa, cerca de 80 voluntários se concentraram no Mercado da Lagoinha para garantir o almoço para população de rua.

De acordo com informações, foram quase 2.900 refeições.

Além do Mercado da Lagoinha, o grupo solidário também percorreu diversos bairros para entregar as marmitas a moradores de rua ou quem estivesse precisando se alimentar.

Boa parte dessas refeições são oriundas de doações, onde pessoas preparam alimentos e distribuem nesse período de quarentena.

A pessoa que iniciou o projeto de ajuda informou que o período da Páscoa não inibe na paralisação das atitudes solidárias. "A fome de um dia não é diferente da fome de outro dia'', comentou a idealizadora que não teve a identidade revelada.