Um idoso identificado como Valdez Santiago Gomes, de 77 anos, acabou sendo vítima de agressões por dois homens após cometer um atropelamento acidental. De acordo com algumas informações da família da vítima, o idoso estava dirigindo um Volkswagen Fox vermelho e acabou, acidentalmente, esbarrando em dois ciclistas que estavam no acostamento da DF-001, sentido Brazlândia.
Após tal ato, o idoso desceu do veículo em que estava para prestar socorro aos ciclistas. Ao descer, Valdez acabou sendo surpreendido, quando acabou sendo espancado por alguns minutos após perder a consciência.
Um dos agressores foi identificado como sargento da Polícia Militar, que estava acompanhado de seu irmão. Nesta última segunda-feira (4), Valdez acabou passando por uma perícia médica no Instituto Médico Legal (IML), para atestar a gravidade das lesões sofridas.
De acordo com o filho de Valdez, Carlos Eduardo da Silva Gomes, o idoso teve traumatismo craniano e rachadura óssea no rosto próximo ao glóbulo ocular, além de vários hematomas espalhados pelo corpo. De acordo com o filho do idoso, ele poderá perder a visão de um dos olhos e sofrer sequelas neurológicas pela gravidade das lesões sofridas pela dupla de ciclistas.
Versão de PM é diferente
Sem ter a identidade revelada, o policial informou que estava pedalando de bicicleta com seu irmão e sentiu uma pancada vindo de um carro, quando desmaiou logo em seguida.
Já no chão, o militar disse que avistou o carro a cerca de 100 metros à frente de onde estava deitado. Para evitar a fuga do idoso, André, que é irmão do policial, perseguiu o veículo de bicicleta e se pendurou na janela para evitar uma possível fuga de Valdez.
Ainda foi atestado que o idoso havia ingerido um alto teor de álcool, mas essa informação foi desmentida pelos próprios familiares de Valdez, que informaram que as acusações não eram verdadeiras.
O delegado que investiga o caso, Josué Ribeiro da Silva, informou que tanto o depoimento do policial e do idoso não batem com os esclarecimentos do terceiro-sargento da Polícia Militar, Leonardo Rodrigues do Reis, que é lotado no 17º Batalhão (Águas Claras), onde conduzia a viatura policial acionada pelo sistema da corporação para atender a ocorrência, mas sem declarações oficiais sobre qual seria a versão exata do fato.